Eulalia Rodrigues
[E]ntre sombras e sorrisos,
[U]niões que ninguem separa.
[L]evemente encara os avisos,
[A]té que o destino a pára.
[L]aribintos de um tempo que parou,
[I]ndagando a razão porque nunca voou.
[A]inda hoje esse tempo está na memória,
[R]ecordado pela vida e pela história.
[O]nde nada consegue apagar essas novas vitórias,
[D]escurando quem mal fala ou enterra as memórias.
[R]eage a frio, procura com brio,
[I]nteragir sem calafrio, procurando apenas de onde adveio.
[G]uitarras tocam no fundo,
[U]ivos acompanham o ritmo deste novo mundo.
[E]ntre as sombras que entretanto se escondem,
[S]em que os sorrisos nelas se percam.
José Pina, 14/09/2014, Rotterdão , Holanda.
Domingos Marques
[D]e Maia para o mundo,
[O]ndas de felicidade e orgulho.
[M]ergulhadas em cumplicidade e lá no fundo,
[I]nterrogam se as palavras e a razão deste barulho.
[N]ão se conheçem as razões desta vida que levamos,
[G]alopando tempo fora, sem saber do que ansiamos.
[U]nidos pela simples força que nos acompanha,[E]m que o tempo é sentimento e de nós não desdenha.[S]em que a ti peça uma senha,
[M]as, e que vida é esta que de nós procura apenas viagens á mais nobre sardenha.[A]ntes que tudo se transforme numa forma diferente de vida,[R]imos hoje do passado, nas experiências da avenida.[Q]uando o tempo era passado e as memórias eram vividas,[U]lisses bem tentou, mas não ultrapassou o rei midas.
[E]nquanto o tempo for futuro, dependes só da tua força,
[S]e amanhã se tornar passado, encontra te connosco na maior gruta de Arouca.
José Pina, 14/09/2014, Rotterdão, Holanda.
Paula Leitão
[P]or onde passas,
[A]inda que o mundo se transforme em massas.
[U]topias de uma vida em que não existe alternativas,
[L]iteralmente vivida num extremo em que não existem categorias.
[A]té que o tempo passe e sejam só memórias vividas.
[L]eva esse tempo contigo,
[E]ncontra esse refúgio antigo.
[I]ndaga te sobre o tempo vivido,
[T]enta que o tempo volte a ser um amigo.
[A]final ainda ontem o teu nome eram só 2 palavras,
[O]lha agora , retratado num quadro literário pintado em várias culturas.
José Pina, 14/09/2014, Rotterdão, Holanda.
[B]rumas da luz que transmites,
[R]eencontram o ar que nos torna coerentes.
[U]nidos pelo oxigénio que ambos respiramos,
[N]esta fria noite de Setembro em que vivemos e gostamos.
[A]té que o tempo pare e a luz dê lugar ao luar em que nos conhecemos.
[R]ecordando a vida por entre páginas apagadas de um livro,
[A]inda que por lá não hajam letras, as memórias são um anteparo.
[F]ugimos de um mundo que te olha e desdenha,
[A]inda que a tua mente não tenha uma senha.
[E]nquanto o tempo passa e não sabemos o futuro,
[L]iga te ao passado e vive o teu orgulho.
[A]inda que hoje tudo pareça enevoado, o presente é um presente embrulhado.
José Pina, 14/09/2014, Rotterdão , Holanda.
[E]ntre as rosas coloridas,
[S]em que as vidas sejam revividas.
[T]entamos que as pontes não sejam mexidas,
[E] que os sorrisos não sejam feitos com toques de midas.
[L]onge é o passado em que tudo era alegria,
[A]gora os tempos são antagónicos e vividos em antipatia.
[P]arece que nada se parece com o que era até á uns tempos,
[I]nterroga se quem não a esquece nem que seja por breves momentos.
[N]unca o tempo foi uma lição tão verdadeira,
[H]oje é a hora de mostrar essa essência derradeira.
[E] agora quem fará de si essa princesa?
[I]nterrogações e memórias de quem é sua alteza.
[R]isos e memórias em um texto que nada altera,
[O]nda da vida que tudo leva e no fim todos a pegam.
José Pina, 14/09/2014, Rotterdão, Holanda.