O mundo de Palavras: 2013

Bem Vindo/a

Sejam bem vindos ao "Mundo de Palavras", este é um blogue de autor e parte integrante do projecto Poesia Portugal, nascido a 1 de Janeiro de 2009 tem como principal objectivo levar a poesia e a minha opinião pessoal mais longe, tem também como objectivo unir o público e os escritores através do projecto Poesia Portugal.

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Saudações
José Pina

24/12/2013

Boas Festas

Feliz natal para todos os leitores deste blogue e entradas com o pé direito em 2014 é o desejo deste blogue.

04/12/2013

"Dizer que não"

Hoje não conseguimos dizer não,
e não encontramos uma razão.
É confusão atrás de confusão,
e no final vence o martelo da corrupção.

Vivemos sobre problemas diários,
em orçamentos de gestão de valores monetários.
Ilusórios ou valores imaginários,
são eles que transformaram um pais num calvário.

Resta nos esperar pelo último carro funerário,
ou então pela vontade de sair do armário.
Porque já virámos o mundo diversas vezes,
mas chegou a hora de voltarmos a ser camponeses.

José Pina, 02/12/2013 , Roterdão - Holanda

Homenagem á mixtape Rap in Peace da autoria de Lipa Sales

http://www.youtube.com/watch?v=t1zq1KJRrUI&feature=youtu.be&hd=1

29/11/2013

"Autoimune"

Estamos autoimunes nesta vida de rua,
somos transparentes e a nossa carne anda crua.
Somos bichos infectados,
nesta aldeia dos diabos.

Somos culpados sem julgamentos,
com trepaças e com medos.
Somos piolhos sem curas conhecidas,
somos cães sem vidas favoritas.

José Pina , 29-11-2013

Os golpes duros da vida

Se os duros golpes desta vida são permanentes,
no que nós sentimos pelas acções do passado e do presente.
Se sentimos que o passado nos molda a mente,
ficaremos crianças eternamente.

Mas e se crescermos com esses golpes?
Ai um novo pensamento nos salta á mente,
Sabemos que a vida será uma aula de correntes.
E que o destino será sempre dar o passo em frente.

Mas e o passado onde fica?
O passado fica na nossa memória,
agarrado ás paredes do nosso crescimento.
Mas crescemos depois de tudo isso?
com dedicação, certamente.

José Pina, 29/11/2013

25/11/2013

Vidas Quadradas

São vidas quadradas,
para sempre amarradas.
Que já foram torturadas,
e deixaram de ser amadas.

São as almas amarguradas,
das histórias malfadadas.
São as derrotas conquistadas,
seja a ferros , seja a espadas.

São pessoas sem escrupulos,
sem vergonha apenas musculos.
Hoje são mentes iludidas,
e almas abertas em feridas.

O destino castiga os sem perdão,
na mais dura versão.
Porque a mais simples razão,
eles transformaram em mais uma manipulação.

José Pina , 25 Novembro de 2013 , Rotterdão , Holanda.

As sombras

Não é poesia, são desabafos escritos num papel demasiado cansado para viajar seja para onde for, este papel parou aqui, longe da terra e é daqui que passa a mensagem.

As sombras escondidas passeiam se na nossa vida, com várias caras, vários objectivos, várias vontades e várias facas apontadas a um só alvo.

As sombras não tem honestidade, bondade,solidariedade, ou outro qualquer sentimento simpático ou nostálgico, por vezes assumem o papel de que são anjos nesta terra quadrada mas quando chega a altura mostram se frias e hábeis.

As sombras são parte do teu passado, do teu presente e do teu futuro, tenhas os anos que tiveres vais sempre conhecer pelo menos 1 sombra escondida, pode ser mais ou menos forte mas será sempre uma sombra.

As sombras são como cães raivosos, atacam em matilha até despedaçarem a presa, comem te a carne e roiem te os ossos até que o cheiro do teu corpo decomposto se arraste por todos os quarteirões do bairro, só ai as sombras fogem para a sua próxima vitima.

Quem são as sombras, todos sabemos, poucos assumem a sua existência , acusam nas de serem servas do diabo , bruxas e outras criaturas que servem á decadas para mascarar as sombras que se passeiam neste nosso mundo.

Tem papéis sociais, politicos , desportistas e outros.

Toma atenção, elas são implacáveis, verdadeiros assassinos com um sangue frio do tamanho neste nosso planeta.

José Pina , 25 Novembro de 2013, Rotterdão , Holanda.

21/09/2013

Que se lixe

"Que se lixe"

Que se lixe tudo,
Que se lixe o mundo.
Que se lixe quem mal fala sem saber,
E quem mal pensa sem a realidade conhecer.

Eu penso por mim próprio,
Não preciso de boleias de camionetes.
Até porque anda ai muito Estetoscópio,
A funcionar ao toque das várias sirenes.

Dá-me o melhor de ti,
E eu vou-te dar o melhor de mim.
Mas se me vieres com histórias sem fim,
o meu desprezo será o nosso fim.

Sou frio como o gelo,
E quente como o fogo.
Feito de extremos, por vezes amigável, por vezes animal,
Especialmente se me puseres fora do normal.

José Pina, 12 Setembro de 2013 , Rotterdão - Holanda.

12/09/2013

Conversas Cruzadas

"Conversas Cruzadas"

São conversas cruzadas,
Perante cabeças feitas em água.
São mentes secas e amargas,
Atiradas para a outra margem.

São pessoas cujo poder subiu á cabeça,
cuja essência da igualdade se desvaneceu.
Nas palavras da vida,
perderam a sua saída.

Convencidos e perdidos,
são pessoas divididas.
Por entre mares e serras,
vielas e ruas estreitas.

As conversas cruzam-se entre paredes,
nas diversas línguas e perante pessoas indiferentes.
Intercãmbio de culturas e mentes,
em que se perdem as pessoas coerentes.

José Pina, 12 Setembro de 2013 , Rotterdão - Holanda.

25/07/2013

Beja

A cidade que nos conquista,
Protegida por um castelo e a sua magnifica vista.
Em tempos foi palco de tantas outras guerras,
Onde os sonhos eram feitos de terras.

O sonho era o que dava vida a mais uma maravilha,
O palco era mais uma vez feito de mentiras.
Sobre as quais o povo lutava para vencer,
O que numa miragem um dia alguém foi prometer.

O caminho entre o passado e o presente tornou se demasiado curto,
Hoje todo o pais é uma "Beja".
Todos rodeados sobre as mais diversas mentiras,
E em batalhas constantes para que vençam as nossas guerrilhas.

O futuro passou a ser apenas uma miragem,
De um povo que há sua frente já não vê qualquer margem.
Porque os erros são já demasiados,
Num passado com demasiados estranhos e entravos.

José Pina

20/06/2013

O mundo , que futuro?

Nos últimos meses tenho pensado bastante, não só na minha vida bem como no que me vai rodeando, e ando deveras preocupado.
Sinto a pulsação do mundo e não me agrada, vejo as pessoas cada vez mais ariscas, sem paciência para uma conversa, pergunto me se isto era a evolução que tanto apregoavam?

Se era façam nos voltar atrás no tempo, devolvam nos as condições que nos tiraram, dêem nos o convivio , dêem nos acima de tudo o companheirismo que nos roubaram.

Depois de nos darem tudo isso , façam nos só um favor, não nos incomodem mais.

Do nosso futuro dai em diante trataremos nós, dêem nos só a oportunidade de vos mostrar como se comanda o mundo sem impor ideias,tradições e/ou culturas e com base na paz,condições e companheirismo.

José Pina

19/06/2013

Organograma "Marta Nunes"

Mulher de suas armas,
Anda sempre nas entrelinhas.
Ri das estrelas,
Trespassa os céus sem quaisquer manhas.
Antes mesmo que o vento a desperte.

Não a vês com uma cara fechada,
Unida ao seu próprio pensamento.
Não se deixa levar pelo momento,
Em que o coração a torna privada.
Se bem que o seu brilho seja como o de uma estrela .


José Pina

13/06/2013

A História

Nesta história aos quadrados,
Com o sabor dos imaginários.
São sabores acompanhados,
Apenas a vinho e fado.

Tentativas desesperadas,
De fugir a estas amarras.
No fim, linhas já gastas,
Por quem já viveu por entre as fadas.

Nas batalhas clandestinas,
Homens choravam com medo.
E perdiam-se nas adivinhas,
De quem usava primeiro os ferros.

Frente a frente com a história,
Hoje já nada lhe dói.
Fugiu, entregando-se á memória,
Em troca da obsessão que o corrói.


José Pina

29/05/2013

1 Hora

Tic Tac neste relógio quadrado,
Onde cada segundo é desprezado.
Tic Tac, cada segundo conta,
Para a decisão sobre mais uma afronta.

Afrontas o teu desejo mais profundo,
De enfrentares tudo o que é inimigo.
Porque neste teu desenho sobre o mundo,
Sou eu que sigo como teu único amigo.

O Relógio não para, Tic Tac e tu desamparas,
Perdes o rumo e o sentido do mundo.
Rebenta a mais pesada bomba que o terrorista preparara,
Perdem-se mais heróis que o destino afundara.

Os homens no vendaval,
Agarrados ao instinto animal.
A tentar sobreviver ao desastre,
Em que o mundo se transformou numa catástrofe.

José Pina

O seu destino

Destino incerto nesta cruzada,
Rumo a um deserto de onde não se sente nada.
Espada á tira colo com uma armadura já gasta,
Uma vida desprezada sobre um corpo e uma mente vasta.

Quilometros sem olhar para trás,
Na fuga ás alternativas.
Porque a mente era má,
Mas as tentações eram credíveis.

Sobre o destino ele se curvou,
Contornando um obstáculo que ele próprio identificou.
E na rua onde ele virou,
O seu coração parou !!!

Passavam 5 horas desde que saira,
Da sua casa onde mentira.
Ao seu filho e à sua amada,
Que hoje o viam ali estendido na estrada.

José Pina

Sol Morto

O sol morto deste dia,
Esconde-se sobre o som da mais triste telefonia.
Com o compasso,
Marcado passo-a-passo.

Nesta dança imaginária,
Em que a estadia é diária.
Sobre o nascer de mais um dia,
Renasce de novo a doloroso ferida.

São acontecimentos transversais,
Em que os sonhos são surreais.
E no fim as luzes já mortas,
Que percorrem as estradas já decompostas.

São os corpos com a energia findada,
Que no horizonte não encontram mais nada.
São as vidas entretanto dispensadas,
Pelo sol que todos os dias as desprezava.

José Pina

16/05/2013

"O dia viu me crescer"


O dia veio me agradecer,
Pela oportunidade de me ter visto crescer.
Junto aos muros do desagrado,
mas apenas lá encostado e nunca encurralado.
Era um dos que por lá passeava,
Numa altura em que já pouca gente andava.

Podes não acreditar,
Mas voei sobre as asas de um corvo.
Leve, como uma pena,
que sentia por vê los agarrados aquele dilema.
No fim, no oceano deste meu perdão,
procuro obter a minha redenção.

Sem respostas para as tantas perguntas,
que possuo nas mais variadas e obsoletas lembranças.
São disparos nas mais humildes consciências,
de quem já desistiu de ter crenças.

Bebo o sal das lágrimas que me escorrem,
pela cara de quem já ninguém se recorda.
Não fui ao fundo, nadei sobre o casco da minha sobrevivência,
onde o meu mundo caiu em pura deficiência.

José Pina - 15 Maio de 2013 - Exclusivo Facebook e www.jpina9.blogspot.com

01/05/2013

Hipocrisia

Boa noite, ontem foi dia de conclusões, e uma das que obtive foi que a grande maioria do povo português vive sobre uma camada de hipocrisia, própria ou de outrém.
Antes que se revoltem, passo a explicar tendo como base 2 temas: Desporto e Politica.

Começando pelo desporto acho extremamente hipocrita aquelas almas que todos os dias se referem aos outros como "os lagartos,os tripeiros etc..." Sendo que quando lhes calha a eles já ficam extremamente ofendidos, isso meus caros é hipocrisia !!!


Já relativamente há politica o mesmo se passa, muitos do que chamam ladrões aos que pelo poder passaram são os mesmos  que andavam em jantares e almoços de partido a abanar bandeirinhas e a ganhar € por cada almoço ou jantar, isso também é hipocrisia!!!

Concluo este texto com uma opinião sobre a actualidade politica e social.
Todas as politicas de educação,segurança e finanças falharam e prova disso é a descida do nível de uma economia em queda livre bem como a falha na segurança de um povo e até mesmo a falha na educação e na transmissão de valores ás novas gerações ,assim é hora de rever as politicas a todos os níveis, esqueçam a vossa cor partidária e concentremos nos todos numa "revolução de politicas".

Quanto ao social a minha opinião é que não podemos mandar "bitaites" e ficar sentados, há que exigir condições , exigir informação e transparência.

Só assim as "sociedades" evoluem.

José Pina

22/04/2013

Portugal, cada povo tem o que merece.

Pois é amigos leitores hoje a crónica fala sobre Portugal, e sobre um povo e sociedade que após o dia 25 Abril de 1974 entregou o controlo do pais a todos menos a si próprio quando naquele dia se pretendia exactamente o oposto.

Durante vários anos viveu se uma ditadura, sendo que após a revolução de 74, Portugal ficou entregue primeiro a quem não sabia o que fazer com ele, e que se foi aproveitando para ter alguns privilégios , mais tarde e com a chegada dos "interesses", o pais entregou se totalmente a estes interesses, a todos os níveis,
desde o desporto á politica todos fomos cobertos numa lógica em que vale a palavra de quem mais pagar, e foi assim que fomos descendo na esfera de um mundo adormecido mas não morto.

Agora perguntam se vocês , então e não houve reacções ?

Respondo vos, haver houveram mas nada que assustasse os lobbys e aqueles que sabiam o que declarar e o que fazer quando era hora de esconder a verdade, e assim fomos andando até aos dias de hoje...

Durante todos estes anos , valiam os jantares de partidos em que em troca de abanar umas bandeirinhas e fazer barulho haviam pessoas pagas para que com isso determinado partido tivesse mais votos, campanha chamam eles, corrupção digo eu...

Hoje escrevo não apenas para disparar nestas frentes , mas para servir como um café a este pais que só demonstra merecer o que está a passar nestes últimos anos, porque cego é aquele que não quer ver o que há sua volta acontece, e é mais perigoso um cidadão desinformado do que tudo o que possam imaginar.

Quero que este texto vos sirva para que acordem e percebam que não há santos na terra, os santos estão todos nos altares e bem, os santos da vossa e minha terra não fazem milagres.

Não tenho partido politico, não sou um cativador de massas, não quero nada de vocês, só quero que acordem e pensem por vós mesmos nos últimos 30 anos deste pais (a todos os níveis) e comecem a meter na balança se compensa esses tais valores que vos são dados nos jantares/almoços de partido ou se preferem o vosso ordenado e um pais e economia equilibrada e justa.

Sei que muitos vão aparecer para criticar, o que vos digo é apenas e só isto , quem ainda apoia a corrupção merece passar fome na sua própria terra natal, porque se vos dão um doce e vocês se babam podem não ver que o doce que vos deram era vosso por direito .

"Um pais que não honra a sua dignidade, mereçe a extinção".

Mostrem ao mundo que Portugal é guerreiro , que Portugal não é submisso.

Tenho dito...

15/04/2013

Camuflado

Sobre um camuflado desonesto,
em que havia momentos de incesto.
Correndo sobre as rodas de uma vida,
que na sombra acabou adormecida.

Numa sombra doentia,
acabava mais um dia.
Com a normal antipatia,
no final o mal vencia.

Agosto,sol,mais uma confusão,
neste mundo no mais imperfeito turbilhão.
Andava agora escondido por entre os segredos,
de uma classe sem escrúpulos nem medos.

Nesta vitória que o mal conquistava,
andava o bem em busca de uma fada.
Uns chamavam lhe sininho, outros dos dentes,
mas no final ninguém conhecia os seus antecedentes.

José Pina

06/04/2013

Um mundo, vários complexos

Num mundo sem nexo,
o que mandam são os complexos.
Os ditadores deste mundo,
que nos comandam a todo o fundo.

Os complexos universais,
de nós seres surreais.
Em ideias e transformações,
de mentalidades e orações.

Nos complexos deste novo reino,
reinam os anexos e os mistérios.
Transformam se os símbolos do passado,
e em que se desprezam o que havia de mais sagrado.

Esquece se um passado,
como se fosse um cadastrado.
E neste mundo desgraçado,
condena se o futuro que uma vez fora sonhado.

José Pina

05/04/2013

Uma carta para Alberto

Meu querido Alberto, escrevo te com a esperança que o mundo nos volte a unir por aqui todos nós continuamos numa ralação sem fim, desde que partiste para aquela maldita guerra de que não tinhas qualquer culpa.

Estávamos a meio de 2050 quando o mundo começou a desabar os paises começaram numa troca louca de acusações e resultou na tão desgraçada guerra mundial que todos temiamos.

Todos foram chamados a combater, apenas os incapazes de o fazer ficaram nesta terra azarada, ao fim de 2 anos a guerra persegue no tempo e nós por cá desesperamos sem noticias vossas.

Esta carta quer te falar do meu amor por ti sei que antes de partires tinhas 2 corações mas isso não me importa eu quero te e irei lutar por ti com todas as minhas forças.

Na guerra as coisas estavam más, ao fim de 2 anos já quase só resta meio mundo, os homens esses continuam loucos e a querer acabar com o que resta.

Eles enviam bombas nucleares, eles enviam misseis , a tecnologia transformou se e hoje luta contra o homem com o comando de um homem.

Espero que me perdoes por ter demorado 2 anos a escrever esta carta, mas o coração não me deixava terminar as frases que hoje te envio, parecia que faltava sempre algo, parecia que o mundo apagava as linhas depois de elas estarem completas.

Meu querido Alberto, faz tudo por ai para que o homem desista da guerra e possas voltar são e salvo para o futuro que todos nós queremos construir, fazes falta nesta nossa terra.

Um beijo de saudades
"Madalena"

03/04/2013

O Facebook e as novas gerações

Antes de começar esta crónica quero referir que esta é uma crónica que visa transmitir apenas e só a minha opinião, como tal e caso haja quem discorde da mesma apenas o terá de transmitir de forma educada e terá o seu direito de resposta assegurado, porque como defensor da liberdade seria o último a fazer censura a comentários e opiniões desde que venham em linguagem educada.

Quanto á crónica, começo por vos dizer boa noite a todos, ao longo das últimas semanas tenho me deparado com alguns posts e opiniões um tanto ou quanto controversas, passo a falar de algumas.

Toda esta crónica é direccionada á rede social Facebook e a quem dela usa e por vezes abusa, vejamos, uma rede social é como o nome indica um espaço que liga o mundo, tendo isto em conta é bastante difícil perceber como é que ainda existem pessoas que tentam fazer destas redes um espaço em que 1 like ou gosto como quiserem vale mais do que uma amizade, vou vos contar uma história verídica, fiz e faço parte de uma geração que apesar de já ter facebook alguns de nós ainda foram em crianças ensinados a "trabalhar" com IRC e com todas as outras ferramentas de socialização, por si só haviam os mesmos perigos que ainda existem hoje, apenas não eram tão divulgados, eram divulgados pelos pais em casa, pelos irmãos e irmãs que também usavam dessas ferramentas e por aqueles que tentavam manter a ordem e o controlo nas mesmas. Isto tudo era visto como muito pouco seguro, no entanto a mentalidade e a forma que nos ensinava a ver o mundo sempre nos mostrou que não deviamos correr certos riscos e/ou tomar certas atitudes.

Atitudes essas que me preocupam ver hoje nas novas gerações, a adoração da "futilidade", o culto do corpo, o bullying cibernético, tudo isto em posts de jovens , na sua grande maioria.

Agora pergunto, o que está a falhar com estas novas gerações?

Será uma questão paternal/maternal de falta de tempo para aplicar educações correctas ou simplesmente uma formação de mentalidades demasiado tarde, poderemos estar perante as piores gerações do último século?

Ficam as perguntas...

Um Abraço e atenção á vida, porque o que passarem hoje nunca terá uma repetição no dia de amanhã...

José Pina

31/03/2013

[Jogo] Quem é???

Cabelos castanhos, olhos brilhantes,
passeia se pela esfera de forma triunfante.
Ela é beleza neste mundo onde não se vê primavera,
porque a sua beleza á muito que não era vista nesta nossa esfera.

O seu estado é critico,
criticamente apaixonada pela roupa que transporta.
Adora tudo o que é lírico,
e que constantemente ela aproveita e devora.

O seu sonho é ser escritora,
escrever o que a terra adora.
Por enquanto continuará a ser leitora,
e a ler os amigos que ela devora.

A sua inocência,
perdida na sua memória.
faz dela uma essência,
que vangloria a sua história.

José Pina

30/03/2013

O Mundo de Beatriz

Madrugada de 08 de Janeiro, 05:00 horas de uma madrugada gélida, nesta madrugada nem os pássaros tinham tido a coragem de espreitar á janela da rua, mas ela lá estava, com os seus cabelos castanhos molhados do duche que tinha terminado ainda não faziam 10 minutos.

Estava ali impávida, á espera do seu autocarro para o trabalho que a obrigava diariamente a percorrer aquele caminho no frio da madrugada e a regressar na esturra do sol das 04:00 da tarde, ela continuava á espera de agarrar o sonho que nunca tinha conseguido , ela queria ser médica!!!

Tinha desistido do seu curso com apenas 20 anos, hoje já contava os seus 24, teve de trabalhar para conseguir ajudar a sua familia.

 E os seus sonhos?

Esses ficaram na sua gaveta dos desejos, bem guardados para um dia retomar, ela sabia que não poderia abandonar a sua família "apenas" para cumprir os seus sonhos.

Perdoem me , não vos apresentei esta princesa de cabelos castanhos, olhos loiros e sorriso brilhante que encanta todos os que nesta madrugada passam por aquela paragem abandonada de autocarro, o nome dela é Beatriz, tem 24 anos , residente no velhinho mas orgulhoso bairro de Alfama, como ela diz tão bem nem seria capaz de pensar em viver em outro lugar.

A Beatriz conclui o 12º ano, tal como vos contei ingressou na universidade com 19 anos acabados de fazer, infelizmente o sonho dela não durou muito, o seu pai faleceu vitima de um acidente no trabalho e com este acidente Beatriz teve de fazer pela vida para ajudar a sua mãe a suportar as custas da casa.

Tinha um irmão, Bruno, ele era detestável, desde que o pai morreu dedicava se a arranjar problemas, referenciado mais de 3 vezes pela policia, agora arriscava prisão caso voltasse a arranjar algum problema.

Beatriz era irmã,mãe e por vezes pai de Bruno, foi ela que nas 3 vezes o foi buscar á policia, foi ela que nas 3 vezes o arrastou para casa e lhe deu os raspanetes a que Bruno fazia orelhas mocas.

Mas voltemos a Beatriz, hoje ela iria sair do trabalho mas não voltaria a casa, iria procurar um emprego melhor, um emprego que lhe permitisse ter mais tempo e dinheiro para concluir a universidade.

16:00 horas, Beatriz saiu da loja onde trabalhava, depois de uma leitura rápida pelo jornal assinalou 3 anúncios que lhe interessavam, ligou para o primeiro que lhe disse para passar no escritório até ás 19:00 horas.

Foi a casa, retocou a sua pouca maquilhagem perante o olhar atento de Bruno que a enxovalhava enquanto ela tentava melhorar a imagem cansada depois de um dia de trabalho.

Chegada ao escritório, Beatriz ficou a contemplar o edificio, Majestoso !!!

Subiu ao piso 3 , que segundo o segurança de serviço era o piso da administração onde já a esperavam, assim que o elevador se abriu Beatriz teve na sua frente um senhor de fato preto e gravata branca, boa figura, boa apresentação que de imediato lhe disse:

Administrador - "Boa tarde, Beatriz? "

Beatriz - "Boa tarde, Sim sou eu."

Administrador - "Siga me por favor "

Beatriz - "Com certeza"

Depois de sentados á secretária, Beatriz explicou o que pretendia , o Administrador calado ouviu a falar dos seus objectivos, no fim e com um sorriso exclamou:

Administrador - "Segundo o seu currículo, tem experiência em vendas correcto?"

Beatriz - "Sim, trabalho numa loja de roupas á cerca de 2 anos e meio"

Administrador - "Muito Bem, habitualmente não contratamos ninguém sem boas referências mas depois de ouvir os seus sonhos vou lhe dar uma oportunidade, terá 15 dias de experiência na nossa empresa, caso tudo corra bem assinará contrato."

Beatriz não cabia em si de contente, saiu para a rua com as lágrimas a correrem lhe o rosto, correu para casa mas ninguém lá estava, havia um bilhete da sua mãe ...

"Filha, não aguento mais esta dor que me explode no peito, é hora de acabar com o meu sofrimento, espero que me perdoes e que cumpras os teus sonhos, não te preocupes com o teu irmão ele partiu para um negócio na Argentina, Sê feliz Beatriz."

O mundo de Beatriz ruiu!!!

José Pina

26/03/2013

17000 Visitas e 5º Aniversário do Blogue

Boas noites, quero agradecer a todos pelas 17000 visitas que atingimos hoje, aproveito também para comemorar o 5º Aniversário do blogue "O mundo de palavras", este canto que conta a minha evolução ao longo dos últimos 5 anos, agradeço a cada um de vocês pelas criticas, pelos elogios, pelos gostos, pelas partilhas e acima de tudo isto pela visita e amizade que dia após dia fazem questão de me dar ao ler e expressar a vossa opinião, sem vocês este projecto já teria terminado, sem vocês nunca seria possível.

OBRIGADO A TODOS!!!

José Miguel Pereira Pina

25/03/2013

Último Sorriso

Saímos do bar, Sorriste e dirigiste te ao carro, deste nos um até amanhã ao qual respondemos de igual forma.

Nenhum de nós pensava que seriam essas as últimas palavras que diríamos, tudo por causa de um "Marmanjo" indiferente que decidiu que era a noite de conduzir a alta velocidade e encharcado.

Mas e que culpa tens tu de ele se ter decidido matar naquela noite, porque é que tu também tinhas de ficar naquele cruzamento?

Ninguém percebe, são as justiças menos justas que alguma vez vivemos, sinto me revoltado, sinto que aquele "até amanhã" nunca terá o próximo "olá como estás?" ,  hoje tentamos ao máximo fazer com que quem cá ficou não pensasse mais na estrela que acabou de partir, como calculas eles estão despedaçados.

Sentem que uma parte deles lhes foi roubada, sentem que apesar de mais uma estrela brilhar no céu esta noite, a sua vida perdeu "sentido" com a tua ausência.

Foste naquela noite fria
em que mais um carro virou magia
em que mais um ignorante armado em condutor
decidiu que era altura de criar dor

Foi mais uma noite gelada por aqui
para nós continuarás para sempre por ali
nós ficaremos sempre contigo no pensamento
até que o vento deixe de ser vento

Tentaremos que mais ninguém sinta a tua falta
daremos o sossego que ás palavras já faltam
porque ver partir uma tão jovem estrela
torna tudo tão insignificante que não tem sentido

Este não é um texto de adeus
mas sim um texto de até já
porque seja para onde fores
sabemos que por nós esperarás


Dedicado a todos os que por culpa de outrem ou por culpa própria partiram cedo demais nas estradas...

José Pina

21/03/2013

Carta para o futuro

Bom dia, boa tarde ou boa noite, consoante o sitio e a hora de onde estejam a ler estas minhas linhas, hoje vou vos contar uma história, mais concretamente a minha história.

19 Agosto de 2190 , este foi o dia da minha morte, tinha 105 anos quando ocorreu, lembro me perfeitamente que foi uma tarde de muito calor, estava deitado já muito fragilizado devido a um cancro que se arrastava há já vários anos e que me tinha roubado praticamente 30 anos da minha vida.

20 Janeiro de 2160, esta foi a data que marcou a minha descida á realidade que me acabou por matar 30 anos mais tarde, ouvir aquele médico falar me em cancro e dizer me que podia durar muito ou pouco tempo fez me perder toda a esperança, aqueles 30 anos de tratamento foram uma experiência que não vos vou contar, é demasiado gravosa para merecer detalhes. 

A minha vida nem sempre foram tristezas, por exemplo a 15 Outubro de 2130 tinha eu 45 anos, lancei o meu primeiro livro de originais, todos eles compostos por temas que tinham como objectivo ajudar as pessoas, faze las reflectir e encarar o mundo de cabeça erguida, hoje que reflicto sobre isso talvez o tenha escrito por eu mesmo não conseguir manter a cabeça erguida em várias situações durante a minha vida.

A 1 de Janeiro de 2125 nasceu o meu primeiro neto e logo de seguida a minha primeira neta, e por falar em netos não vos apresentei a minha família, somos 5 ao todo, tenho 3 filhas, todas elas maravilhosas.

O meu neto chama se Alberto e tem hoje 65 anos, a minha neta tem precisamente a mesma idade, felizmente ambos seguiram carreiras de sucesso e tiveram a felicidade de uma vida com poucos problemas de maior.

Mas voltemos a mim, além de um livro tive vários feitos nesta longa vida, posso dizer que fiz quase tudo o que me propus a fazer.

Nasci a 2085 , numa família pobre em plena Irlanda, por essa altura o mundo estava dividido em apenas 2 facções , uma Europa pobre , e um resto do mundo que tentava esbracejar para sair da fome que se ia alastrando a todos os continentes, hoje que reflicto sobre isso penso que o melhor teria sido nascer em Marte.

Fiz toda a escola , apesar de ter de começar a trabalhar aos 8 anos na pequena oficina do meu pai, ao inicio apenas o ajudava com os materiais, era um carregador por assim dizer.

Aos 13 anos e já com a necessidade de ingressar no 7º ano tive de acumular funções , então o meu pai decidiu que era hora de além de ajudar na oficina também trabalhar com a minha mãe na sua pequena lavandaria.

E assim foi durante 2 anos, até aos meus 15 anos fiz de paquete e carregador, estudava nos tempos livres e nos vãos de escada.

Aos 15 anos, sai de casa e ingressei nas forças armadas, por essa altura não fui obrigado como a maioria mas foi mais uma decisão impulsionada pelo meu espírito de aventura, fui enviado para a América, havia por lá a 4ª guerra mundial, o panorama não era animador, havia o medo que aquela se transformasse numa guerra nuclear.

Fui destacado aos 17 para a guerra , estive lá durante 15 anos, vi de tudo por lá, vi atrocidades que o mundo nunca conheceu, horríveis de mais para terem uma descrição nas palavras, aquilo que por lá vivi transformou as piores coisas que até ai conhecia numa realidade bastante simpática.

Regressei aos 32 anos , sem conhecer a minha família, aliás por cá não conhecia nada, tudo me parecia diferente, 15 anos longe de tudo fizeram me uma pessoa totalmente diferente.

Quando cheguei , vinha magoado e traumatizado de tudo aquilo a que tinha assistido, estive durante mais 10 anos internado no sanatório militar, depois desses 10 anos sai e reencontrei a minha família mas como sabem a minha felicidade acabou por não durar muito.

Preparei o meu livro durante 2 anos, conclui os meus objectivos durante os outros 30, plantei uma árvore, subi ao Evereste, fiz de tudo um pouco.

A minha nascença como vos contei não foi fácil , os meus pais lutavam para evitar contradizer um regime que por esta altura tinha voltado a ser semi ditatorial, lutavam contra quem contra informava o mundo, oficialmente não havia regimes ditatoriais mas a realidade era bastante diferente.

Corriam os anos de 2085 , altura do meu nascimento , e aqueles que no passado serviam o estado como serviços secretos hoje tinham se tornado apenas no que os estados contratavam para evitar o desagrado das populações , serviam para enganar as pessoas transmitindo informações erradas nas alturas certas fazendo assim os mais desatentos terem o sentimento de estarem informados quando na realidade o que sabiam não era mais do que ilusão.

Esta é a minha história, uma realidade que se algum de vocês que me lê hoje conhecer o passado vai considerar totalmente incrível.

Para vos sossegar , hoje morri com 105 anos de vida mas fui feliz, afinal informei vos de tudo o que nos levou ao que somos hoje, conclui tudo o que queria fazer, agora desejo vos sorte e muita força para evitarem o final daquilo que tanto amamos.

Um abraço deste vosso amigo
"Ernesto"


20/03/2013

Sem Abrigo

Nesta vida descolorida,
eles andam á deriva.
Sem um tecto ou um abrigo,
procuram encontrar um qualquer amigo.

Eles são a classe,
com menos classe nesta cidade.
Que os trata como animais,
neste silêncio que se torna cumplicidade.

Passeiam se pedindo nos mais variados transportes,
onde de pronto são enxotados.
Como se fossem as ovelhas negras,
desta nossa sociedade.

Caíram no abismo,
por vários motivos e em várias idades.
Hoje são apenas mais sem abrigos,
dizem que é culpa da desigualdade.

Desigualdade uma ova , respondo eu ,
é culpa de uma incompetência atroz.
Que opta por jantares triunfantes,
em vez de oferecer igualdade aos cidadãos "menos importantes".

José Pina

O Mundo

O que é o mundo?
-O mundo é um objecto inerte.

E a terra?
-a terra é um objecto redondo mas na mesma inerte.

Mas espera, se são os 2 inertes, não raciocinam correcto?
-Sim correcto.

Então como pode haver tanta maldade neste mundo e nesta terra?

-Simples meu caro amigo, a maldade está nas pessoas e não no mundo ou na terra, a maldade está na inveja de quem não te pode ver subir um degrau sem te tirar o banco.
A maldade está em quem não controla a vontade de te mandar para o chão, apenas e só porque eles não conseguem subir como tu sobes, nem mesmo suando o triplo do que tu soas.

Mas isso é horrivel, como podem haver pessoas assim?

-Existem os 2 lados, tal como nas moedas, 2 caras, ou sai cara ou sai coroa, no fim o importante é recolheres só o que te pode fazer aprender algo de novo, algo que não conheçes.

Quando te tiram o banco, tu puxas o escadote e sobes até ao topo, se te mandarem ao chão de seguida sobes a um arranha céus.

E vais ver que mais cedo ou mais tarde estarás tão no cimo que já ninguém te vai tentar fazer cair, mas lembra te deixa sempre a tua cabeça e a tua bondade com aqueles que vão ficando ao longo da subida, porque um dia que te desequilibres podem ser esses a manter te em pé.

( apenas uma reflexão e opinião sobre o mundo ou melhor sobre as pessoas que nele habitam.)

José Pina

19/03/2013

Na Penumbra da Verdade

São 8 da noite, na janela do meu quarto encosto a cabeça ao vidro e choro pelo passado recente, o passado que parecia simplesmente “perfeito” mas no entanto se tornou um “inferno” , agora apenas choro, já não como e tudo parece desabar á minha volta.
De repente toca o telefone na sala quadrada, apenas decorada por uma bonita jarra que me ofereceste pelos anos, corro para ele na esperança que sejas tu invadida por alguma vontade súbita de retomar o nosso paraíso, infelizmente não és tu na verdade é um polícia que me traz a pior notícia que ouvi nos últimos dias, desapareceste…
Ele pede me para comparecer na esquadra para identificar o teu corpo, diz que me darão mais pormenores lá, eu levanto me mais rápido que a minha própria sombra, corro para a porta enquanto arranco o casaco do cabide que tenho atrás da minha bonita porta de entrada, aquela que segundo tu era abençoada por um qualquer Deus pois nunca tinha tido um risco nem qualquer outro problema durante os 10 anos em que tenho esta casa.
Chegado á esquadra e depois de muito choro identifiquei o teu corpo caído naquela marquesa fria, o policia explica me que estavas envolvida com gente perigosa, que traíste alguém com poder e isso levou te á ruína, nunca pensei que estes 2 últimos anos de paraíso acabassem neste inferno que estou a viver agora.
Acordo no dia seguinte com uma dor pontiaguda no coração, desorientado sem saber como fazer, todos os preparativos, o teu ultimo desejo (servir como adubo para uma árvore), levanto me e encosto me á parede com as mãos a esconder o rosto, pensativo e chorão, nunca pensei que este sonho acabasse em tamanha desilusão.
Toca a campainha, levanto me lentamente e literalmente arrasto me até á porta, espreito pelo óculo e vejo um homem de óculos, gabardina preta ao estilo máfia, assusto me com tamanha escuridão e pergunto quem é, do outro lado a única coisa que oiço é o homem a dizer o meu nome, de imediato fecho o trinco da porta e barrico a porta com o móvel que tanto amavas, dizias tu que era feito de boa madeira, tantas foram as pancadas que já levou nestes 10 anos de vida da minha casa e nunca teve um risco ou um buraco, corro até ao telefone e mais assustado que outra coisa disco o numero da policia, colocaram me em espera, olho para a porta á espera de acção mas parece que fiz uma grande tempestade num pequeno copo de água, pé ante pé dirijo me á porta e olho pelo binóculo, o homem mantém se sereno, eu acalmo me e pergunto novamente quem é aquela figura, ele diz ser o detective Carlos Franz, pede me para abrir a porta eu peço lhe para que me mostre o distintivo, ele mostra me o distintivo através do binóculo, confirmo razoavelmente a sua identidade e devagar com uma mão na maçaneta e outra no taco de basebol ( o que me destes na esperança que algum dia pudéssemos ter uma aventura desportiva) rodo o trinco e abro de forma muito vagarosa a porta, o homem sorri e mostra me novamente o distintivo, agora sim posso ficar calmo ele é mesmo detective. Convido o a entrar, ele explica me que estão a investigar a tua morte e que por isso apenas poderei fazer o funeral dai a um mês.

Penso para comigo “Que bom, terei tempo para organizar tudo calmamente como tu merecerias”, de súbito o detective levanta se e corre até á porta, diz me que me esconda rapidamente, eu assustado por aquela sua atitude súbita corro até ao armário e fecho me lá dentro, de súbito ouço um estrondo e tremo de medo, oiço chamarem o meu nome, o detective grita para ficarem quietos, oiço uma corrida e vários tiros seguidos de um silencio muito “pesado”, espreito e deparo me com 4 homens deitados, entre eles o detective que parece me ainda respirar de forma custosa, saiu a correr do armário e procuro o seu telemóvel, disco o numero da central e dizem me que vão enviar um carro, eu a chorar quase sem fala peço que se despachem, levanto me e dirijo me para a porta com as mãos na cara, quem serão aqueles homens e o que procuravam, se me procuravam a mim estarei eu em perigo? Terei de ter cuidado.
Passado 30 minutos oiço a policia chegar num aparato só visto por cá, “30 minutos depois? eu pedi rapidez!!!” o agente sobe todas as escadas a correr e quando entra no meu apartamento fica parado, grita por ajuda e corre para o detective Franz, verifica a respiração e com um gesto lento fecha os seus olhos e prepara se novamente para abandonar a sala, eu que me apercebi daquele gesto acompanho o e ainda não acreditando naquela cena de filme de Hollywood desço as escadas do prédio a caminho da rua, o agente aborda me e pergunta me se eu estava presente na altura da troca de tiros, eu digo que sim, ele pergunta me se vi quantos suspeitos eram… eu digo lhe que não pois estava mais preocupado em ficar escondido e em silencio dentro do armário.
De súbito e enquanto me dirigia pelo passeio para a casa de uma amiga que mora na rua por detrás da minha para lhe pedir ajuda pois não me sentia com coragem para ficar em minha casa, que aliás segundo o agente responsável iria ficar fechada para perícias da policia, sou abordado por um senhor careca que me pergunta se eu sou o dono do apartamento onde ocorreu o crime , eu digo lhe que sim,ele de súbito retira uma arma e diz me para o acompanhar sem fazer barulho !!!

Acordo num apartamento algures junto a algo com água (oiço a lá fora) , ainda meio azamboado tento recordar a viagem , sei que foram vários quilómetros, viajei numa carrinha desconfortável que me relembrava a carrinha do meu tio de há muitos anos, enquanto me tento lembrar da viagem que fiz, a porta range e entra um homem de barba serrada com aspecto de talhante , ele pergunta me se sou eu o namorado da "Menina Selvagem", eu respondo lhe que nunca se sabe bem pois podes ter conhecido alguém durante aquela semana em que estivemos chateados ... ele parece me aborrecido com a resposta e num gesto lento e que me arrepia passa a mão pela lamina da faca que para mim parecia ter 90 cm só de lamina mas na realidade deveria ter cerca de 40, o meu medo começou a subir mas tentei manter a frieza na voz e apenas lhe disse "queres ajuda para depenar o frango?" , ele ai ficou muito chateado e avançou para mim e perguntou " tens amor á vida? " eu apavorado mas tentando sempre parecer forte respondi lhe " a qual? á minha ou á tua???" ai ele teve um ataque e após 2/3 valentes socos no estômago  caminhou para a porta e com um sorriso meio falso perguntou, " já sabes qual é ? " eu ainda a recompor me ainda lhe respondi "acho que não" mas ele já tinha saído, recompus me daqueles tarolos e ainda meio sem perceber o motivo daquele rapto e semi tortura tentei aos poucos por os neurónios no lugar e raciocinar, será que aqueles eram os homens com quem tiveste todos aqueles negócios obscuros e a quem devias os tais milhões que tanto te assustavam no dia a dia? eu não sei mas já não estava a gostar e queria terminar a minha ligação naquele caso, apenas queria acordar e estar em casa, deitado na cama e tudo isto não ter passado de um triste pesadelo, infelizmente não era verdade, adormeci ali naquela divisão muito parecida com uma cela a tentar lembrar me de informações que me pudessem levar a descobrir quem eram eles, o que queriam e onde estava.

Ao Fim de cerca de 5/6 horas acordei com um barulho, parecia uma mota de água , de súbito alguém abriu a porta entrou a correr e apenas me disse acompanha me rápido e não faças barulho, de inicio cumpri o pedido sem reparar na voz e na fisionomia daquela pessoa, mas assim que subimos para a mota reparei em quem era, o meu amigo fáki, ele que nunca me tinha abandonado em qualquer situação estava ali, perguntei lhe como me tinha encontrado e ele com um sorriso apenas me respondeu " nunca te falhei , nem eu nem a cavalaria e fazendo sinais com a lanterna disse me ora vê esta, " de súbito 2 holofotes se acenderam e ficou á vista um barco de pesca que estava escondido pela penumbra da noite, ao fundo reparei em 2 pessoas que percebi de imediato quem eram.
O vitóli ( padrasto do fáki) e o Gervásio ( grande amigo de ambos) , que acenavam ao longe, perguntei então se ele sabia quem eram aqueles homens que me tentavam arrancar informações que nem mesmo eu conhecia, ele com um ar deveras preocupado respondeu me "gente perigosa, gente muito perigosa", ai eu percebi que era altura de ter muito cuidado e perguntei lhe para onde íamos, ele apenas me disse que íamos para um sitio seguro e que voltaríamos assim que as coisas arrefecem á volta do caso...
Depois de 8 H a navegar, chegamos a uma ilha que depois de perguntar ao faki como se chama ele apenas me respondeu que era a ilha do nunca saberás, chegados á praia e depois de o faki me dizer para não sair do barco enquanto ele não voltasse, ele salta do barco e dirige se a uma espécie de cabana escondida no meio de um arvoredo, um homem com aspecto "descuidado" aparece ao fundo e chama o faki, ele aproxima se e conversam durante 40 min , eu tento me manter alerta mas as 8 H a navegar começam a pesar e o cansaço começa a cair.
Vejo o faki a voltar e vem com o homem misterioso, eles aproximam se de mim mas quando estão a cerca de 5 metros ouve se um barulho de um barco a motor a aproximar se, o faki e o homem misterioso apressam se a tapar o barco e dizem nos para os seguirmos, corremos para o meio do arvoredo quando de súbito o homem misterioso para junto a uma árvore e com um toque quase imperceptível acciona uma espécie de túnel que entra pela terra, ele entra e diz nos para o seguirmos.
Depois de 30 minutos a andar em passo acelerado chegamos a um quarto com apenas 1 lâmpada, o homem misterioso diz nos que quem nos procura é alguém com ligações muito fortes a máfias de leste , ele diz nos que o melhor sitio onde podemos ficar por agora é ali, pergunto lhe o que procuram essas máfias que nós podemos dar, este homem diz me que eles querem ter a certeza que tudo o que a menina selvagem sabia não vai sair cá para fora , eles querem ter a certeza que eu não sei nada , ou pelo menos que eu vou me manter calado, eu pergunto lhe como posso comunicar com eles , ele sorri e apenas me diz que é melhor não pensar em fazer isso, o faki levanta se revoltado e diz que temos de arranjar forma de os combater ou pelo menos conseguir mostrar lhes que não nos vão apanhar tão facilmente, o homem misterioso volta a sorrir e diz que é impossível , eles são um vulto sem nome, De súbito o homem volta se para nós e busca com o olhar algum movimento súbito, de súbito balas percorrem o ar e o homem misterioso cai, sem respirar , morto!!!
O Faki arrasta me literalmente dali para fora e diz me que tudo o que vi hoje tem de ser enterrado na minha memória, diz que há gente muito perigosa á nossa procura e que teremos de nos transformar em pessoas ocultas, penso para comigo o que isso quererá dizer?
Mais oculto do que já andamos será difícil, então o faki diz me para subir para o barco que tínhamos junto á costa e arrancamos naquele barco rumo ao horizonte com o coração nas mãos e o pensamento naquilo que aconteceu á umas horas e que nunca conseguirei esquecer.
Adormeci durante a viagem, quando acordei e olhei á minha volta apenas via água e um pedaço de terra muito ao longe, ao perguntar ao faki que horas eram e onde estávamos ele respondeu me que só me podia responder a uma das questões, preferi saber onde estava… Ele respondeu me que estávamos ao largo da ilha do pessegueiro, levantei o sobrolho e perguntei a mim mesmo o que raio estaríamos ali a fazer até porque eu conhecia a maioria dos contactos do faki e nenhum deles era dali, de súbito o faki disse me para me preparar porque dentro de 45 minutos iríamos atracar no porto de Sines e que dali seguiríamos a pé ou á boleia até Faro, onde teríamos alguém á nossa espera para nos colocar longe do pais, calculei mentalmente algumas das caras que poderiam estar a caminho de Faro, e lembrei me de alguns dos meus contactos algarvios, pedi rapidamente o telemóvel ao faki e disse lhe que ia tratar da nossa boleia até Faro, ao inicio ele não gostou muito da ideia mas depois de lhe assegurar que eram boa gente ele lá acedeu ao pedido e me passou o telemóvel, disquei o numero da única pessoa em quem podia confiar naquele momento, o senhor Gonbreu e ouvi do outro lado da linha um “Tou Sim” típico da forma daquela personagem responder a uma chamada de um numero que ele não conhecia, disse lhe quem era e logo ele me perguntou o porquê de estar a ligar de um número diferente do normal, disse lhe que estava a passar pelo Algarve e precisava de uma boleia até Faro, ele logo acedeu e disse me que estaria em Sines dentro de 1H, Sorri e despedi me com um até já desligando prontamente o telemóvel e dizendo ao Faki que a viagem até Faro estava tratada, ele apenas me respondeu que esperava que eu tivesse razão em relação ao Gonbreu, disse lhe que não se preocupasse pois tinha 100% de confiança nele, atracamos em Sines eram precisamente 12:00H, com muita fome, dirigimo-nos ao restaurante mais próximo e perguntamos o que havia para comer, a senhora com um ar carregado respondeu nos que já só tinham espetadas mistas e acompanhamento de batatas e arroz, olhamos um para o outro e respondemos quase em coro “Perfeito” !!!!

Estávamos sentados a apreciar aquele manjar dos deuses quando o telemóvel tocou, de imediato reconheci o numero do Gonbreu, atendi e ouvi o perguntar onde estava, disse me que tinha acabado de estacionar em Sines, disse lhe que estávamos no restaurante mais perto do porto, ele logo soube onde nos encontrar e disse me que ia ter connosco lá, desliguei e continuei a apreciar aquele manjar, após as sobremesas e o café e sem sinal do Gonbreu resolvi ligar lhe para saber o que se passava mas não obtive resposta, então resolvi sair dali e dirigir me ao estacionamento do porto de Sines, ao lá chegar encontrei o Gonbreu deitado desmaiado, ajudei o a levantar se e perguntei lhe o que tinha acontecido, ele prontamente me respondeu que tinha sido assaltado, mas por estranho que pudesse parecer não lhe tinham levado nada, apenas lhe tinham tentado arrancar informações sobre nós, ás quais ele disse não saber de nada, disse lhe se ainda se mantinha a viagem até Faro, ele acenou afirmativamente e lá seguimos viagem no seu Audi A4 preto, a caminho de Faro o Gonbreu perguntou me se estávamos envolvidos em algum problema, disse lhe prontamente que não, saímos em Faro e após um grande obrigado ao Gonbreu e o desejo de boa viagem seguimos até ao ponto onde o faki tinha combinado com a nossa outra boleia, passado 15 minutos, 2 luzes acenderam e apareceram 2 homens de barba rija e cabelo negro e comprido.
Ao se aproximarem de nós vislumbramos um Mercedes novinho, aproximamo nos daqueles homens e após segundos de trocas de palavras entre o faki e um dos homens eles fazem nos sinal para que entremos no carro.
Entramos e em silêncio percorremos alguns quilómetros até que ao fim de uns 10 minutos um dos homens pergunta ao faki se vamos precisar de algo mais além da boleia, o faki responde que estamos algo enrascados com toda esta história, eles em simultâneo dizem nos “tenham calma, tudo vai ficar resolvido”.
Adormecemos, ao acordar ainda meio estremunhados olhamos em frente e vimos o mar, sem saber onde estamos levantamo nos e procuramos aqueles 2 homens que nos sossegaram, sem rasto deles decidimos sair do carro e procurar uma indicação de onde estamos.
Seguimos por uma espécie de passadiço junto ao mar, até que ao fundo vislumbramos um “Bar”, olhando para a tabuleta por cima não se identifica a língua na qual está escrita, parecem caracteres egípcios mas na realidade seria impossível chegar ao Egipto de carro e em tão pouco tempo, decidimos ir até lá e arriscar entrar para tentar saber onde estamos e onde estão os homens …
Entramos no “bar” e de imediato ouvimos uma voz dizer “ Olha quem acordou, sejam bem-vindos sentem se que já vos trago uma bebida, olhamos para o sitio de onde vem essa voz e para nosso espanto vemos o “Fugas”, um grande amigo do Faki e de quem ele só me tinha falado coisas positivas até hoje, o espanto naquele momento era que o “Fugas” supostamente teria morrido meses antes num negócio que teria corrido mal, pelos vistos não foi bem assim.
Sentamo nos e enquanto esperávamos pelas nossas bebidas, o “Fugas” foi nos dizendo que os homens lhe tinham ligado para que nos ajudasse com a embrulhada em que estávamos metidos, porém ele hesitou pois como ele nos explicou para nos ajudar ele teria de se expor mais do que já estava e isso seria um grande risco, coisa que segundo ele até estaria disposto a correr desde que depois deste favor não houvesse nada mais a fazer no mundo que nos rodeava.
Concordamos com o que nos dizia o “Fugas” , desde que nos safássemos desta não queríamos nem ouvir mais falar em nada que não fosse legal,  ele sorriu, sentou se á nossa mesa e começou a explicar nos o que tinha acontecido.
Segundo ele sobreviveu graças a um monge que o apanhou junto á praia ferido, também nos contou que esse monge lhe tratou das feridas graves que já tinha e lhe deu vários ensinamentos baseados no fortalecer da sua forma de pensar e de agir, confessou nos que depois daquelas conversas com aquele monge se tinha tornado uma pessoa totalmente diferente.
Passado cerca de 3Horas a conversar , decidimos que seria hora de falarmos sobre o que fazer para sairmos da embrulhada onde estávamos postos, ele acenou nos para termos calma e disse nos:
“Andei nestas horas enquanto não chegavam a investigar, e descobri algumas coisas interessantes sobre quem vos persegue, ao que parece eles são pessoas com poder mas com vários pontos fracos, para os conseguirmos vencer vamos ter  de os fragilizar através dos seus pontos fracos .“
Depois de mais 2Horas a falarmos sobre os planos , os quais como devem compreender não podemos compartilhar convosco por razões de segurança, decidimos avançar para os contactos que ainda tínhamos e sabíamos não estarem “comprometidos”.
Ligamos a 4 pessoas ao todo, combinamos locais e horas para reunir tudo o que precisávamos, e assim foi fomos juntando todo o material e todas as pessoas de confiança que ainda nos restavam.
Eram meia noite quando saímos dali juntamente com o “Fugas”, o “Pisca”, o “Joki”, o “Faki”,
Eu, o “Gervásio”, o “Vitóli” , o “Gonbreu” e a “Jelia”.
Passo vos a apresentar os elementos que se juntaram a nós , o “Pisca” era um dos nossos crânios, com treino militar era uma espécie de Super Homem sobredotado, o “Joki” era o cunhado do Fugas que quando soube do que se passava disse logo que queria ir connosco para segundo ele “rebentar” com os maus ( mal ele sabia ) , a “Jelia” era uma das meninas do grupo da “Menina Selvagem” ela também com treino militar e que prometeu que o que tinham feito á “Menina Selvagem” não iria ficar assim.
Depois de apresentados então lá seguimos rumo ao sitio onde sabíamos através do Fugas que haveria um movimento hoje de madrugada onde estaria presente o líder do grupo que nos perseguia, o sitio era uma praia junto ao porto de Faro, era uma praia mais ou menos escondida pelas rochas pelo que de difícil acesso e vigilância por parte da policia e como devem calcular também pela nossa parte.

Chegamos á praia eram justamente 6:30 da manhã, montamos os nossos “olhos” na praia e assumimos posição um pouco afastados para não corrermos o risco de sermos detectados, deixamos que tudo decorresse de forma normal enquanto que ouvíamos e víamos tudo o que era dito e feito naquela praia.
O grupo que lá se encontrava depois de fazer o que queria dividiu se num barco que rumou ao porto de Sines e num carro que rumou a um armazém junto ao mercado de Faro.
Nós apenas seguimos o carro, era nosso objectivo conseguir perceber quais os movimentos daquele grupo e quais os seus pontos fracos, descobrimos que aquele armazém funcionava como “sede” e que tudo o que a eles dizia respeito passava por ali, como tal decidimos montar guarda e preparar uma visita nocturna.

No dia seguinte, juntamo nos os 9 novamente junto ao armazém, sabíamos que estaria vazio pois no dia anterior tínhamos ouvido uma conversa que indicava que todos os homens do grupo estariam por esta hora a tratar de um trabalho junto a Sines.
Eram 09:30 da manhã, numa manhã bastante friorenta e que ameaçava tornar se “molhada” em breve, decidimos que tínhamos de espreitar rápido e com eficiência, entrámos e antes de mais decidimos montar alguma vigilância na sala escondida do armazém, sala usada pela “administração” daquele grupo de mafiosos, montamos a nossa vigilância e começamos á procura de informações que nos pudessem dar um avanço em relação aos próximos passos deste grupo que nos perseguia, ou melhor que me perseguia a mim e por “embalagem” aos meus amigos também...
Descobrimos um mapa de Portugal e de Espanha, nesse mapa estavam assinalados algumas cidades a vermelho e algumas coordenadas Gps, pareciam indicações de algumas das casas de “negócios” usadas por eles para operações estranhas, Eram 10:15 e já com metade da sede revirada do avesso ouvimos barulho de carros e motas a aproximarem se pela estrada principal, decidimos sair pelo mercado através de uma porta de acesso lateral, saímos todos dali e atravessamos o mercado a passo largo.
Já fora do mercado, o Faki decidiu que era altura de levar tudo o que tínhamos recolhido de informação para o fugas puder tentar descobrir mais através do seu “mágico computador”.
Regressamos ao bar do fugas, e depois de 2H a teclar como se o mundo estivesse prestes a acabar ele soltou um agudo “Consegui” !!!
Todos nós em simultâneo perguntamos “ O que conseguiste? “ , ele respondeu “Consegui saber onde teremos a oportunidade de lhes dar uma <> importante”.
“Onde???”, perguntamos todos, “no armazém dentro de 5 dias”, diz ele sorrindo enquanto dá um longo golo na cerveja que mantinha á 2 horas na sua frente.
Depois começou a explicar nos o que ele estava a magicar, concordamos com o seu plano e começamos os preparativos para aquele que seria um dos dias mais importantes desta última semana, o nervoso miudinho começou a sentir se no interior do grupo.
No dia seguinte, e enquanto controlava os horários do armazém, o Faki chegou para me render
e disse me que tinha uma novidade, parece que conseguiram “desviar” 2 dos 5 carregamentos que este grupo ia receber hoje, começamos hoje a mostrar nos a este grupo para mostrar que desta vez eles estão a colocar se contra quem não deviam...
Deixei o Faki juntamente com o Joki no armazém, enquanto conduzia a caminho do bar recebi uma chamada, era o Fugas a pedir me para ir ter com ele junto á praia, disse me que tinha algo importante para me mostrar, acedi de imediato e mudei a minha trajectória.
Estacionei junto á praia, nesta tarde que prometia ser de calor, estava mesmo a pedir uma praia, viajei por momentos e conclui que já não pisava areia de praia á bastante tempo, antes de tudo isto andava “desligado” do contacto com a praia.
Sai do carro e dirigi me para a água, quando ouvi o meu nome, olhei e vi o fugas á porta de uma espécie de gruta, ele disse me Vem cá...
Fui para lá e ao chegar ele disse me até te vais passar com o que consegui arranjar para nós, entrámos e chegados ao fim daquele espaço vi uma lona, o faki foi para lá e disse me estás pronto? , ora aqui tens, e enquanto dizia isto retirava a lona...
Por baixo estava nada mais , nada menos que um lançador de flechas, para quem não sabe um lançador de flechas é uma espécie de canhão mas em vez de bolas de canhão lança flechas em simultâneo , pode lançar até 5 flechas em simultâneo para um ângulo de 90º. Basicamente é um excelente “sniper de serviço” . Fiquei abismado e perguntei onde tinha ele desencantado tal maquina. Apenas me respondeu , foi um empréstimo de um amigo.
Depois de tudo aquilo, fiquei radiante e os dias seguintes passaram bastante rápido, fazia turnos de vigilância, discutia os planos todos com o fugas, fazia tudo !!!
5 Dias passaram, o grande dia chegou, fomos cedo para o armazém, quando reunimos por lá o fugas disse nos , ainda tenho mais uma surpresa para vocês , não estamos sozinhos, e com um assobio fez aparecer 30 amigos que ele tinha convidado para se juntarem á festa … Por pouco não desmaiei, que era aquilo?
Começamos 9 , e neste momento éramos 39, tínhamos gente suficiente para tomar conta do armazém sem problemas, esperamos pelas 08:00 hora que pelas vigilâncias era sempre a hora em que menos gente ficava no armazém, (normalmente 2 guardas á porta e pouco mais), a essa hora aproximamo nos e carregamos a nossa maravilhosa arma com flechas para adormecer , apontámos e puf , os 2 guardas adormeceram sem saber o que os tinha atingido...
Entrámos no armazém e esperamos calmamente pelas 11:00 , sabíamos que iríamos ter companhia nessa altura, ouvimos então o barulho de carros na estrada principal, ia começar a festa!!!
Os carros pararam junto ao armazém, 2 guardas aproximaram se da porta e chamaram os 2 guardas que por essa hora estavam a dormir amarrados no escritório, sem resposta entraram pé ante pé mas quase nem chegaram a ligar a luz, a Jélia e o Vitóli esperavam os 2 num ângulo que eles não viam e com um golpe meteram mais 2 a dormir no escritório.
Como eles não regressaram os restantes membros do grupo que estava á porta tentaram entrar á força mas não durou muito a sua tentativa, o grupo de 30 amigos do Fugas, comunicou lhes que era hora de baixarem tudo o que tivessem de armas e de se deitarem no chão, vendo se rodeado de armas e em desvantagem numérica eles não tiveram como reagir sem ser largarem as suas armas e deitarem no chão, foi então que percebemos quem eram aqueles homens, eles aproximaram se do grupo e começaram a algema los, enquanto um deles com aspecto de ser o chefe, dirigiu se ao fugas e agradeceu lhe pela ajuda.
O fugas passou por mim depois de falar com o chefe, sussurrou me um tá resolvido ao ouvido, e seguiu porta fora, tentei acompanha lo mas parecia que ele estava com pressa.
Pegou no carro de um dos elementos do grupo e arrancou estrada fora, pensei que ele iria até ao bar mas não, no cruzamento que dava acesso ao bar dele ele virou para um sitio diferente , uma espécie de casa abandonada era a única coisa que se podia encontrar por ali, seguiu e fiquei á espreita , ele entrou na casa e saiu minutos depois com o “talhante” do grupo amordaçado e algemado, viu me fora do carro e disse me aqui tens, quero que sejas tu a entregar este, seja nas condições que for.
Fiquei surpreendido, ele esperava que eu espancasse o homem? Eu não o iria fazer, peguei no talhante e dirigi até á praia, chegados lá, chamei o chefe que ainda lá estava a levantar provas contra o grupo, disse lhe que tinha um ultimo elemento para eles.
Ele olhou para o banco do meu carro e sorriu, chamou um dos seus homens e tirando o talhante do carro levou o para junto dos outros, agradeci ao chefe e dirigi me ao bar.
3 Horas depois de toda a acção , o meu coração ainda saltitava dentro do peito, estava radiante por tudo ter terminado, então o fugas contou nos a verdade, ele tinha feito um acordo com a policia, ele iria ajuda los a terminar com alguns grupos de mais difícil acesso e em troca eles davam lhe liberdade e uma nova identidade, explicou nos que lhe tinham dado um nome novo, o bar, e uma casa pequena junto á praia, hoje ele fazia alguns trabalhos infiltrado, e quando soube da minha situação decidiu ajudar logo.
Sorri e agradeci lhe por tudo, ele disse me, prepara te que dentro de 5H vais voltar a casa, e não te esqueças da promessa que me fizeste, nada de mais confusões... Estarei atento...
Prometi que não iria entrar em mais confusões, e fui preparando me para pelas 20H regressar a casa, esperava me uma viagem de 3H até casa, muito tempo a conduzir, felizmente éramos 3 a conduzir por isso podíamos ir trocando.
De volta a casa, entrei, sorri, respirei fundo e adormeci profundamente nas penumbras da minha verdade.
José Pina

17/03/2013

Solidão

Na solidão de uma mentira,
percorres o sentimento sem tocar na ferida.
Essa ferida que sangra até ficares á deriva,
porque na verdade a ferida está aberta e é muito sentida.

Tu queres a tua felicidade,
não sabes quando a terás.
Porque apesar da jovem idade,
hoje já tens amor por um jovem rapaz.

És princesa de cabelos castanhos e olhos sorridentes,
por onde passas todo o mundo fala entre dentes.
Que a princesa acabou de passar,
onde o principe um dia irá rastejar.

O mundo provou te ser diferente,
do que tu tinhas em mente.
Não desistas segue em frente,
e sorri, Eternamente !!!

José Pina

16/03/2013

Solidariedade

"Solidariedade"

Nesta acção de algo dar,
para um sorriso receber.
És a dama mais malfadada,
para quem não te quer ver crer.

Dás, apenas com a esperança,
que os sorrisos sejam eternos,
especialmente os daquelas crianças,
que já nem tinham para comer.

O mundo gira,
o poder roda.
mas nada muda,
se não chutares a bola.

E mesmo que chutes,
por vezes o caminho é demasiado grande.
Para que essa tua simples mão estendida,
tenha o alcance que a tua alma pretendia.

José Pina

Saudade

"Saudade"

Na saudade em que vivo,
já não existe maior perigo.
Apenas tento encontrar abrigo,
neste manto do mais recente espigo.

Esta saudade que aperta,
sempre que o teu sorriso espreita.
De entre um ecrã ou janela,
até o mundo ele espanta.

Na saudade de te voltar a rever,
desde o dia em que partiste.
Rumo ao sabor do mais leve saudosismo,
encontro me á procura do meu caminho.

Seja de rosas, seja de ervas daninhas,
quero apenas rever te e sentir te.
Porque no meio de tantos perigos,
já nem sei como te posso lastimar.

José Pina

Pensamento

Um Pensamento,
Uma emoção.
Sejas ou não o vencedor,
Para nós serás sempre o campeão.

Pensativo entraste pela porta,
hoje sais por ela com um sorriso.
Nesta vida que te devora,
como quem convida um amigo.

És Forte,
És valente,
Por entre o teu forte Knox.
Colocas a tua vida entre-dentes.

Numa esfera de ideias,
vives no meio do turbilhão.
No fim não passam de ideais,
que só te transmitem ilusão.

José Pina

Sinceridade

Passeias na sinceridade da vida,
com a clandestinidade que te é reconhecida.
Selvagem ou timída,
sabes sempre ser revivida.

És simples, tal como as torres,
ao mesmo tempo complexa, tal como as amarras.
Porque os dias em que tu fores,
são os dias em que os nós te arrastam.

Nesta árvore em que passeias a tua silhueta,
tornaste importante, ao estilo antigo como a ampulheta.
Que derrete o tempo segundo a segundo,
sem perdoar seja amigo ou inimigo.

Mas tu, silhueta brilhante,
levas o sorriso de tal forma contagiante.
Que de te olhar me sinto triunfante,
só por poder ver esse olhar cintilante.

José Pina

15/03/2013

Pai 2013

Nesta universidade da vida,
tu és o meu professor.
Nesta mais simples saida,
tu és o mais graduado doutor.

És o mais louvado estudante,
de tempos de outrora.
És o mais experiente mandante,
na minha vida de agora.

Pelo que sentes pelas tuas crias,
o mundo devia ser um grupo de ilhas.
Rodeado de água e calmaria,
nesta vida de avarias.

A idade deu te experiência,
que transmitiste ás tuas crias.
E hoje com a tua vivência,
deixaste que eu evitasse as avarias.

José Pina

14/03/2013

Mulher - 2013

Neste mundo dividido,
entre montros e perigo.
O espaço é invadido pelas essências,
de quem nos traz novas vivências.

Mais maduras ou mais inocentes,
transformam dias em aventuras eloquentes.
São "flores" de um jardim por vezes bastante negro,
em que o jardineiro tem talento.

Mulheres numa vida constante,
a fugir do que temem bastante.
Caminham para a conquista de um mundo,
que anda prestes a desabar.

Ao sorrir fazem o sol aparecer,
mesmo que nesse dia não pare de chover.
Com elas tempestade não existe,
Sem elas o sol não resiste.

José Pina

05/03/2013

Vida, Passo a Passo

Passo a passo nesta vida,
que de curta se torna comprida.
Somos nós que a tornamos,
no que amamos ou detestamos.

Nesta capa de plasticina,
moldamos a nossa própria vida.
Apoiados em recordações,
que nos trazem sensações.

E a vida em sentimentos,
transmitidos por nós nos vários momentos.
Em que somos apenas bonecos,
comandados como matrecos.

Fugimos do que o medo nos apresenta,
como quem foge de ficar preso na cerca.
Em momentos traduz se uma vida,
noutros apenas sentamos e esperamos.

-José Pina-

01/03/2013

Os Sonhos versão 2

"Sonhos"

Puder ser astronauta,
de fato e gravata.
Puder ir á lua,
sem levantar os pés do chão.

Sonho não ter olhares indiscretos,
sonho não ser o lado mais discreto.
Sonho que o mundo seja enquadrado,
numa fotografia de um quadro quadrado.

Tu sonhas em ser feliz,
neste mundo feito de aprendizes.
Todos nós aprendendo a sonhar,
nesta vida em que já custa respirar.

Passeamos os nossos sonhos,
nas ruas dos nossos gostos.
Somos peões neste universo,
sem cordões umbilicais que nos liguem aos nossos sonhos mais complexos.

-Jose Pina-

25/02/2013

As Crianças


Prosa

Não me vou apresentar.
O tratamento que me dão é pior do que odiar, é simplesmente passar e não olhar.
Porquê? Porque passei 10 anos de vida a tentar ser igual a quem come à mesa com a família e, mais importante que isso, ter dinheiro para curar as minhas perdas.
Mesmo assim fui feliz: a viver numa lixeira com restos, restos de quem não me quis dar a mão e deu só um dedo para me segurar.
Eu cresci acreditem, é facto. Sou tão alto, que me conseguem ver no céu a passear com as nuvens.
E tão baixo, que fiquei reduzido a cinzas espalhadas por Luanda. Não é o que estão a pensar, eu sou mesmo negro e o meu último porto de abrigo foi o chão.
Ainda me lembro do meu nome, penso que era ou é Rami.
Disseram-me que nasci a meio da guerra civil e a minha mãe foi baleada no peito mal dei os primeiros passos.
Os meus brinquedos foram ferramentas de escravatura e nos intervalos, ia com a minha irmandade de rua jogar à bola com uma improvisação de malha. Não se iludam com barrigas e cordões umbilicais.
Todos vocês, tal como eu, são feitos de lava que ferve nas vossas veias.
Mas aquilo que aprendi, é que essa lava também vos congela.

Olá Rami, o meu nome é Carlos.
O que te posso dizer, é que ao contrário de ti não nasci em plena guerra, se bem que o meu percurso foi parecido ao teu.
Nasci a 10 de Abril de 1991, um bom ano para se ser uma criança, tudo era bonito, havia dinheiro e condições para ser educado.
Cresci e descobri alguns significados de palavras que para mim não faziam parte do meu dia a dia, "crise,recessão,poupança,dividas".
Todas estas palavras nasceram nos últimos anos no meu dia a dia, sabes quando era criança várias vezes me deparei com campanhas de apoio a crianças como tu, que tiveram azar desde a nascença.
Apesar de nunca ter conhecido nenhuma na tua situação enquanto pude sempre tentei ajudar nessas  campanhas, hoje a ironia do destino virou o barco e por cá temos também crianças na pobreza.
É diferente Rami, eu sei que sim, mas muitas das nossas crianças sofrem em silêncio por cá, infelizmente a vergonha faz também parte do dia a dia delas.
Os meus brinquedos eram vários, desde a bola ao já mais recente computador, até aos jogos de crianças tais como o quarto escuro e a apanhada.
Aquilo que aprendi nestes anos, é que o barco pode virar mesmo sem haver ondas, por isso convém sempre sabermos nadar.
Um sincero abraço de Portugal

Poesia

De Olho arregalado,
pergunta com persistência.
Porque o céu é azulado,
Como pôde vir à existência?
Com um sorriso envergonhado,
procura pela sua referência.

Horas e horas sem parar,
O mundo volta a fazer sentido.
Quando encontra a segurança num simples abraço,
que de afecto e amor desmedido.
na duração daquele pequeno compasso,
torna as palavras irrelevantes para explicar.

A doçura de sua ingenuidade,
encanta qualquer ser.
que com toda a sensibilidade,
procura vir a ter.
tal tesouro de valor inestimável,
e tão simples de manter.

São meninos neste mundo,
são os anjos deste perjúrio.
Prejudicados sem a consciência,
que lhes roubam o futuro e não lhes deixam esperança.

São eles quem com a sua inocência,
conquistam corações com a sua independência.
Eles são os anjos deste mundo,
que infelizmente os maltrata tão a fundo.

Os anjos deste mundo com um futuro penhorado,
numa história repetida a um ritmo diário.
Eles são seres secundários neste mundo totalmente primário,
e mesmo assim não desistem de lutar pelo seu futuro com a força do seu próprio horário.

José Pina, Paulo Alexandre Henriques e André Oliveira.
Tema "Crianças"

22/02/2013

Devaneio num novo mundo

"Devaneio num novo mundo"

Sábado á tarde,dia de devaneios, sozinho em casa, escutava uma rádio numa lingua diferente, por essa altura o facto de ser inglês não ajudava nesta estadia por Portugal.

Ouvia um dos estilos mais conhecidos de música por cá, o Fado !!!

Pensava se conseguiria triunfar nesta estadia que pretendia definitiva, fugi dos problemas que o meu próprio pais me apresentava, o tão desejado "American Dream" nunca fez parte da minha realidade de vida.

Tu tinhas saido horas antes para procurar os tão famosos pasteis de Belém, eu aguardava te no sitio do costume, enquanto aos poucos e poucos ia tentanto ambientar me a todo um novo pais.

Chegaste 2 horas depois , contaste me que na rua encontraste de tudo um pouco, desde mendigos a pessoas do mais alto gabarito, enquanto falavas os teus lábios na minha visão transformaram se no sonho.

Fizemos amor durante a tarde, interrompidos com os tais pasteis que tão bem encaixavam naquele ambiente de ternura e cumplicidade.

Já noite, jantámos e enquanto me preparava para seguir para o emprego, perguntaste me se gostava de ter filhos e qual o sexo que preferia, deixaste me sem palavras pois não me interessa o sexo da criança desde que fosse para sermos felizes.

Segui para o emprego, durante a noite batalhava pelo sonho que a realidade teimava em afastar.

Já de manhã e cansado regressei a casa, apesar da dificil adaptação fazias a realidade ser diferente por algumas horas.

Devaneio dia após dia, em busca do tal sonho, não sei se ele um dia chegará mas sei que lutar fará sempre parte do nosso sonho.

José Pina

Improviso

"Improviso"

Não peço que aceites o que lês, peço que penses no que lês.
Andas sempre a falar em palavras que no fundo não sabes o que são, enganas quem de ti procura cumplicidade, para ti é vida é apenas fazer parte da tua vaidade.

No dia em que o mundo te virar as costas, vais perceber que te faz falta aquela mão que chutaste para o lado, vais perceber que não adianta ser idolatrado quando no final das revisões tornaste te mais um a ser ignorado.

Esse dia chegou, o teu desespero foi maior que a vontade de continuar, imaginaste te aquele pássaro a voar sobre o rio mas esqueceste te que não eras um pássaro, caíste nas águas mais fundas de um rio que insiste em levar vidas em troca de oferecer peixe.

Podias ter tentado debater te contra essa vontade que te fazia querer fugir do mundo, podias ter sido tu a ter a força de mesmo sozinho enfrentar o mundo pelos "cornos" e lutar para centímetro a centímetro e passo a passo o ires alterando, infelizmente optaste por desistir.

Conseguiste na tua última acção enquanto criança ser abertura de telejornal, infelizmente foi para noticiar que mais uma alma tinha partido, tenho pena e sinto revolta porque não acredito que o mundo mereça a perda da tua vida.

Espero que estejas onde estiveres, hoje sorrias e que quem cá ficou saiba que estás a sorrir.

A quem te levou ás decisões que tomaste não desejo o mal, porque o remorso é o pior mal com que terão de viver durante os vários anos das suas vidas.

  José Pina

19/02/2013

Quero

Quero:

Mudar de universo
Para uma casa com um anexo.
Quero construir tudo no cimo de uma colina
voltar para onde o futuro se aproxima.

Quero ser a forma de uma fauna e flora
que se desflora ao passar das suas virtudes.
quero o que o tempo devora
quero mudar essas atitudes.

Quero ter na palma da minha mão
o que o tempo vai mudando sem razão.
quero ter no centro deste turbilhão
apenas o que me trouxer a razão.

Quero perceber o que vou fazendo errado
mudar o que todo anda camuflado.
e no meio deste "céu" embrulhado
mudar o destino que foi traçado.


José Pina

17/02/2013

Por entre dois mundos de palavras


Segunda Feira, passei o fim de semana embrulhado em Estudos, tentando resolver os mais complexos problemas com o java, aquele bicho do design que tantas vezes bloqueia.

Chega mais uma 2ª feira, o cansaço não foi recuperado neste fim de semana, e para complementar há um sentimento de solidão que se vai aproximando á medida que vês todos os teus amigos a divertirem se e tu em casa.

A Leitura tornou se a tua verdadeira profissão, tens na cabeça o sentimento de que és livre mas no fim estás preso a essa paixão, os livros tornaram se a tua essência ao longo de todo o Sempre.

Hoje até jogava o teu Benfica, não o viste, tal entretimento te era oferecido por esse livro intitulado "As leis do Design".

No fundo da sala o teu pai chama te para que possas contemplar mais um fenómeno oferecido pelas mais cruéis ruas do nosso pais, finges não ouvir e lá bem no fundo não consegues entender este seu fascínio pelo "azar" alheio, para ti é apenas mais uma família destroçada pela morte de um ente querido.

Pensas para contigo, quero apenas concentrar me nos livros para que mais tarde tenha o futuro que os livros me vão oferecer, contudo esqueceste a tua vida, fizeste a tua infância e a tua adolescência "comendo" palavras, vivendo dentro dos livros e das histórias, esqueceste te que lá fora havia um mundo, construíste o teu próprio mundo e agora por mais que tentes não consegues fugir dele.

Hoje és homem, amanhã é dia de provares ao mundo que ultrapassaste esse limite de viveres embrulhado em livros e em histórias, não vives da ficção, hoje passaste a ser parte da tua própria vida.

José Pina

15/02/2013

A Luz nestas páginas da Saudade

"A Luz nestas páginas da Saudade"

Leio as páginas deste nosso passado, lembro a saudade que tenho de ti, lembro os momentos de diversão,
lembro até os nossos momentos de azar, aqueles em que parecia que a escuridão ia ser eterna.
Lembro me perfeitamente de folhear as folhas daquele livro de culinária que me ofereceste nos meus anos,
tinhas tu a esperança que fosse servir milagrosamente para que eu aprendesse alguma coisa de cozinha.
Nunca aprendi, hoje em dia apenas serve para reviver as tuas memórias, serve para que mesmo á distãncia o mundo pareça mais iluminado.

Se a nossa história fosse um livro, chamaria lhe "A luz nestas páginas da saudade", porque para mim reflecte tudo o que hoje sinto,
Fiquei doente quando te vi virar costas e desistir daquilo a que chamavamos um futuro, fiquei de rastos, tudo o que era luz apagou se na minha cidade.
O sentimento que retrato nas palavras que te gostava de um dia dirigir é que mesmo depois de tudo fazeres para te odiar eu não consigo,
tudo o que um dia senti permaneçe ainda junto a mim, independentemente dos teus erros, aprendi a viver com eles e a saborear as tuas virtudes.

Sabes, á pouco tempo andava eu entretido com tudo aquilo que hoje em dia desprezo, e tu dizias me para tomar atenção porque a luz que me iluminava era a mesma que um dia se apagaria.
Ainda hoje reflicto sobre as tuas palavras e de tão profundas elas serem não consigo decifrar o verdadeiro significado, sei que querias mais atenção, sei que me dizias para andar atento, no entanto não as entendo totalmente.
Dedico te esta crónica porque este é o primeiro livro que te ofereço, não é de gastronomia mas sim de sentimentos, separei o por letras para que consigas chegar mais rapidamente á "saudade" que tenho de ti.
Espero que um dia a luz não se apague e tu possas continuar a iluminar o que o azar tenta estragar constantemente.

Espero que depois de leres estas palavras reflictas sobre o nosso passado, e mesmo que condensado saibas responder lhes com um sentimento verdadeiro,
deste lado a saudade continua e perdura nas infinitas linhas de um caderno sem cor nem final.

Beijos e Abraços
José Pina

10/02/2013

Construi um império

Construi um império de sonhos e de fantasias, por aqueles dias eu tentava parar de sonhar.
Nunca consegui, os sonhos acumulavam se como gotas de água, eu já sem esperança entreguei me aos sonhos e esperei que o desalento se instala se, infelizmente ele também não se instalou, bateu me á porta, sorriu, acenou e foi embora.
Hoje o meu império persiste em pé, apesar da visita do desalento, do medo, do ciúme, da inveja e de tantas outras doenças o meu império persistiu e como que um animal selvagem deitou unhas ás doenças, desfez as descrenças.
Não conquistei nada, não subi ao pódio, não sou o milagre da escrita... Sou eu e ser eu chega me...

Eu persisti, tive vontade de sonhar e sonhei, tive vontade de perseguir os sonhos e corri atrás deles, curva contra curva e em todas as ruas escuras eu não parava para pensar, somente corria atrás dos meus sonhos.
Ainda não sei o final da maioria dos meus sonhos, mas qualquer que seja sei que vou persistir e agarrar cada oportunidade com todas as unhas, afinal esse sou eu, sou um animal selvagem que não tem medo dos desafios, os impérios não tem obrigatoriamente de ser feitos com dinheiro, tu próprio podes construir o teu império.

Sim TU, ignora essas criticas de quem nada persegue, para quem fazer algo com sentimento é agarrar no livro das regras e linha após linha e  escrever a mais correcta poesia ou fazer a mais bela obra sem que no entanto ela transmita um único sentimento.
Existem excepções , felizmente elas existem e ainda bem que assim o é.

Afinal o que é um escritor sem coração ?
Afinal o que são rosas sem petalas?
O que são livros sem letras e sorrisos sem alegria?

Diria Falsidade, somente Falsidade!!!

José Pina

07/02/2013

O Mundo ao Contrário

Andamos neste mundo ao contrário,
como simples seres embrionários.
Somos pessoas sem sonhos neste universo medonho,
os sonhos tornaram se caros neste mundo de milionários.


Somos mentes em construção,
no meio deste milhão que anda em formação.
Pensam eles que andamos cegos e sem credos,
mas nós cremos que o mundo já não tem enredos.

Para nós o passado foi esquecido,
o presente esse sim é por nós vivido.
Esquecendo as ligações que nos prendem a mais um silêncio,
somos quem transmite o tormento e o lamento.

Temos nas nossas mãos a arma da diplomacia,
neste mundo feito de vapor e antipatia.
Desperdiçam se mentes geniais apenas por não seguirem ideais,
desperdiçam se valores morais e trocam se por vitórias morais.

José Pina

24/01/2013

"In the castle of your world"

Im waiting,
im waiting in the center of my world.
Waiting for the most deep feeling,
to understand what should i do.

Im just a piece of this big chess,
a simple knight of this castle.
Looking for the first bit of the flavour,
when all the kings are just looking for their glamour.

The doors of the castle stay closed,
and the long day comes to a end.
That´s when everybody sharpens theirs swords,
and that´s when all the wars "close" their doors.

José Pina

22/01/2013

Liberdade

Na rua perdeu se a verdade,
em tudo o que fazemos condicionam nos.
no dia em que a liberdade for reposta,
vão se soltar os gritos da mais nobre revolta.

tenho saudades daquele dia de Abril,
em que acabou o momento febril não fabril.
em que este povo adormeceu,
ao velho estilo Hollywood e Camafeu.

critico o meu povo por ser minha obrigação,
defendo o meu povo em qualquer ocasião.
não guardo palavras, faço orações,
apesar de me manter sem credo nem opções.

Sou meio ateu, apenas creio na liberdade,
por isso é que Abril me deixa saudade.
é parte da história a partir da qual errámos,
especialmente no que para o futuro planeamos.

José Pina

15/01/2013

Astronauta

Cabeça na lua
mente sã e pura
és humano, és como uma pluma
que no fim para sempre perdura

passeias no espaço
ao sabor do teu compasso
música dentro, música fora
um dia lá ficas, outro vens embora

tens o destino, desejado por muitos
aqueles que tu chamas de astutos
és homem, és ser
aquilo que crianças sonham viver

Passeias o teu corpo, no desconhecido
á procura de melhoria para o que revivido
espaço dentro, espaço fora
tornaste no homem que tudo devora.

José Pina

On the mood

English Version

Often what distinguishes our way of being and being is our humor, this text reflects the perfect life and catch the perfect moment to say what we think always with the goal of not hurting people around us.

in the sunrise of this day,
with the surprise of so many times.
with my hand in the perfect sunshine,
catching the perfect time so i can say.

The sun is raising,
in the end of your timing.
just catch your old times,
and get the good vibes.

with your people you get big times,
With our sun can shine on gold.
with the beauty of this almost perfect life,
that one day we lose our leaves.

this lost land to the flavor of the time,
we lost only our most perfect moment.
the people are full of win,
that cling to our history.


Versão Portuguesa

Muitas vezes o que diferencia a nossa forma de ser e de estar é o nosso humor, este texto reflecte a vida perfeita e o apanhar do momento perfeito para dizer o que pensamos sempre com o objectivo de não magoar as pessoas á nossa volta.

no amanhecer deste dia,
com a surpresa de tantas vezes.
com a mão na luz do sol perfeito,
captura o momento perfeito para que eu possa dizer.

O sol está a nascer,
no final do seu tempo.
basta apanhar os velhos momentos,
e obter as boas vibrações.

com o teu povo  começas grandes momentos,
Com o nosso sol podes fazer brilhar o ouro.
com a beleza desta vida quase perfeita,
que um dia perdemos nossas folhas.

esta terra perdida ao sabor do tempo,
onde perdemos apenas o nosso momento perfeito.
as pessoas estão cheias de vitória,
que se agarram a nossa história.

José Pina

14/01/2013

Obrigado

Hoje envio vos um obrigado por estarem desse lado, um obrigado por durante 22 anos de vida acompanharem o trajecto que mais queda menos queda fui traçando e acima de tudo um obrigado por continuarem a empurrar me e a levantar me a cabeça sempre que é necessário.

Obrigado é a palavra deste dia,
em que tenho comigo a mais simples magia.
São amigos e companheiros,
nesta viagem do passado ao destino.

Uma viagem de 22 anos,
rumo ao ponto de interrogação.
atravessando mais deserto menos deserto,
com a minha e a tua emoção.

De Palavras anda o mundo cheio,
já as acções não se encontram em qualquer recreio.
De vitórias e de credos,
Fugia sem medos.

Hoje enfrento os medos,
de mãos dadas e sem segredos.
Porque se vivermos do que queremos,
não conseguimos vitórias a ferros.

Procuro o caminho da felicidade,
para que possamos sorrir.
Pelo caminho encontrei irmandade,
que me fez voltar a sonhar.





José Pina

11/01/2013

Na Penumbra da Verdade PT1

São 8 da noite, na janela do meu quarto encosto a cabeça ao vidro e choro pelo passado recente, o passado que parecia simplesmente “perfeito” mas no entanto se tornou um “inferno” , agora apenas choro, já não como e tudo parece desabar á minha volta.
De repente toca o telefone na sala quadrada, apenas decorada por uma bonita jarra que me ofereceste pelos anos, corro para ele na esperança que sejas tu invadida por alguma vontade súbita de retomar o nosso paraíso, infelizmente não és tu na verdade é um polícia que me traz a pior notícia que ouvi nos últimos dias, desapareceste…
Ele pede me para comparecer na esquadra para identificar o teu corpo, diz que me darão mais pormenores lá, eu levanto me mais rápido que a minha própria sombra, corro para a porta enquanto arranco o casaco do cabide que tenho atrás da minha bonita porta de entrada, aquela que segundo tu era abençoada por um qualquer Deus pois nunca tinha tido um risco nem qualquer outro problema durante os 10 anos em que tenho esta casa.
Chegado á esquadra e depois de muito choro identifiquei o teu corpo caído naquela marquesa fria, o policia explica me que estavas envolvida com gente perigosa, que traíste alguém com poder e isso levou te á ruína, nunca pensei que estes 2 últimos anos de paraíso acabassem neste inferno que estou a viver agora.
Acordo no dia seguinte com uma dor pontiaguda no coração, desorientado sem saber como fazer, todos os preparativos, o teu ultimo desejo (servir como adubo para uma árvore), levanto me e encosto me á parede com as mãos a esconder o rosto, pensativo e chorão, nunca pensei que este sonho acabasse em tamanha desilusão.
Toca a campainha, levanto me lentamente e literalmente arrasto me até á porta, espreito pelo óculo e vejo um homem de óculos, gabardina preta ao estilo máfia, assusto me com tamanha escuridão e pergunto quem é, do outro lado a única coisa que oiço é o homem a dizer o meu nome, de imediato fecho o trinco da porta e barrico a porta com o móvel que tanto amavas, dizias tu que era feito de boa madeira, tantas foram as pancadas que já levou nestes 10 anos de vida da minha casa e nunca teve um risco ou um buraco, corro até ao telefone e mais assustado que outra coisa disco o numero da policia, colocaram me em espera, olho para a porta á espera de acção mas parece que fiz uma grande tempestade num pequeno copo de água, pé ante pé dirijo me á porta e olho pelo binóculo, o homem mantém se sereno, eu acalmo me e pergunto novamente quem é aquela figura, ele diz ser o detective Carlos Franz, pede me para abrir a porta eu peço lhe para que me mostre o distintivo, ele mostra me o distintivo através do binóculo, confirmo razoavelmente a sua identidade e devagar com uma mão na maçaneta e outra no taco de basebol ( o que me destes na esperança que algum dia pudéssemos ter uma aventura desportiva) rodo o trinco e abro de forma muito vagarosa a porta, o homem sorri e mostra me novamente o distintivo, agora sim posso ficar calmo ele é mesmo detective. Convido o a entrar, ele explica me que estão a investigar a tua morte e que por isso apenas poderei fazer o funeral dai a um mês.

Penso para comigo “Que bom, terei tempo para organizar tudo calmamente como tu merecerias”, de súbito o detective levanta se e corre até á porta, diz me que me esconda rapidamente, eu assustado por aquela sua atitude súbita corro até ao armário e fecho me lá dentro, de súbito ouço um estrondo e tremo de medo, oiço chamarem o meu nome, o detective grita para ficarem quietos, oiço uma corrida e vários tiros seguidos de um silencio muito “pesado”, espreito e deparo me com 4 homens deitados, entre eles o detective que parece me ainda respirar de forma custosa, saiu a correr do armário e procuro o seu telemóvel, disco o numero da central e dizem me que vão enviar um carro, eu a chorar quase sem fala peço que se despachem, levanto me e dirijo me para a porta com as mãos na cara, quem serão aqueles homens e o que procuravam, se me procuravam a mim estarei eu em perigo? Terei de ter cuidado.
Passado 30 minutos oiço a policia chegar num aparato só visto por cá, “30 minutos depois? eu pedi rapidez!!!” o agente sobe todas as escadas a correr e quando entra no meu apartamento fica parado, grita por ajuda e corre para o detective Franz, verifica a respiração e com um gesto lento fecha os seus olhos e prepara se novamente para abandonar a sala, eu que me apercebi daquele gesto acompanho o e ainda não acreditando naquela cena de filme de Hollywood desço as escadas do prédio a caminho da rua, o agente aborda me e pergunta me se eu estava presente na altura da troca de tiros, eu digo que sim, ele pergunta me se vi quantos suspeitos eram… eu digo lhe que não pois estava mais preocupado em ficar escondido e em silencio dentro do armário.
De súbito e enquanto me dirigia pelo passeio para a casa de uma amiga que mora na rua por detrás da minha para lhe pedir ajuda pois não me sentia com coragem para ficar em minha casa, que aliás segundo o agente responsável iria ficar fechada para perícias da policia, sou abordado por um senhor careca que me pergunta se eu sou o dono do apartamento onde ocorreu o crime , eu digo lhe que sim,ele de súbito retira uma arma e diz me para o acompanhar sem fazer barulho !!!

Acordo num apartamento algures junto a algo com água (oiço a lá fora) , ainda meio azamboado tento recordar a viagem , sei que foram vários quilómetros, viajei numa carrinha desconfortável que me relembrava a carrinha do meu tio de há muitos anos, enquanto me tento lembrar da viagem que fiz, a porta range e entra um homem de barba serrada com aspecto de talhante , ele pergunta me se sou eu o namorado da "Menina Selvagem", eu respondo lhe que nunca se sabe bem pois podes ter conhecido alguém durante aquela semana em que estivemos chateados ... ele parece me aborrecido com a resposta e num gesto lento e que me arrepia passa a mão pela lamina da faca que para mim parecia ter 90 cm só de lamina mas na realidade deveria ter cerca de 40, o meu medo começou a subir mas tentei manter a frieza na voz e apenas lhe disse "queres ajuda para depenar o frango?" , ele ai ficou muito chateado e avançou para mim e perguntou " tens amor á vida? " eu apavorado mas tentando sempre parecer forte respondi lhe " a qual? á minha ou á tua???" ai ele teve um ataque e após 2/3 valentes socos no estômago  caminhou para a porta e com um sorriso meio falso perguntou, " já sabes qual é ? " eu ainda a recompor me ainda lhe respondi "acho que não" mas ele já tinha saído, recompus me daqueles tarolos e ainda meio sem perceber o motivo daquele rapto e semi tortura tentei aos poucos por os neurónios no lugar e raciocinar, será que aqueles eram os homens com quem tiveste todos aqueles negócios obscuros e a quem devias os tais milhões que tanto te assustavam no dia a dia? eu não sei mas já não estava a gostar e queria terminar a minha ligação naquele caso, apenas queria acordar e estar em casa, deitado na cama e tudo isto não ter passado de um triste pesadelo, infelizmente não era verdade, adormeci ali naquela divisão muito parecida com uma cela a tentar lembrar me de informações que me pudessem levar a descobrir quem eram eles, o que queriam e onde estava.

Ao Fim de cerca de 5/6 horas acordei com um barulho, parecia uma mota de água , de súbito alguém abriu a porta entrou a correr e apenas me disse acompanha me rápido e não faças barulho, de inicio cumpri o pedido sem reparar na voz e na fisionomia daquela pessoa, mas assim que subimos para a mota reparei em quem era, o meu amigo fáki, ele que nunca me tinha abandonado em qualquer situação estava ali, perguntei lhe como me tinha encontrado e ele com um sorriso apenas me respondeu " nunca te falhei , nem eu nem a cavalaria e fazendo sinais com a lanterna disse me ora vê esta, " de súbito 2 holofotes se acenderam e ficou á vista um barco de pesca que estava escondido pela penumbra da noite, ao fundo reparei em 2 pessoas que percebi de imediato quem eram.
O vitóli ( padrasto do fáki) e o Gervásio ( grande amigo de ambos) , que acenavam ao longe, perguntei então se ele sabia quem eram aqueles homens que me tentavam arrancar informações que nem mesmo eu conhecia, ele com um ar deveras preocupado respondeu me "gente perigosa, gente muito perigosa", ai eu percebi que era altura de ter muito cuidado e perguntei lhe para onde íamos, ele apenas me disse que íamos para um sitio seguro e que voltaríamos assim que as coisas arrefecem á volta do caso...
Depois de 8 H a navegar, chegamos a uma ilha que depois de perguntar ao faki como se chama ele apenas me respondeu que era a ilha do nunca saberás, chegados á praia e depois de o faki me dizer para não sair do barco enquanto ele não voltasse, ele salta do barco e dirige se a uma espécie de cabana escondida no meio de um arvoredo, um homem com aspecto "descuidado" aparece ao fundo e chama o faki, ele aproxima se e conversam durante 40 min , eu tento me manter alerta mas as 8 H a navegar começam a pesar e o cansaço começa a cair.
Vejo o faki a voltar e vem com o homem misterioso, eles aproximam se de mim mas quando estão a cerca de 5 metros ouve se um barulho de um barco a motor a aproximar se, o faki e o homem misterioso apressam se a tapar o barco e dizem nos para os seguirmos, corremos para o meio do arvoredo quando de súbito o homem misterioso para junto a uma árvore e com um toque quase imperceptível acciona uma espécie de túnel que entra pela terra, ele entra e diz nos para o seguirmos.
Depois de 30 minutos a andar em passo acelerado chegamos a um quarto com apenas 1 lâmpada, o homem misterioso diz nos que quem nos procura é alguém com ligações muito fortes a máfias de leste , ele diz nos que o melhor sitio onde podemos ficar por agora é ali, pergunto lhe o que procuram essas máfias que nós podemos dar, este homem diz me que eles querem ter a certeza que tudo o que a menina selvagem sabia não vai sair cá para fora , eles querem ter a certeza que eu não sei nada , ou pelo menos que eu vou me manter calado, eu pergunto lhe como posso comunicar com eles , ele sorri e apenas me diz que é melhor não pensar em fazer isso, o faki levanta se revoltado e diz que temos de arranjar forma de os combater ou pelo menos conseguir mostrar lhes que não nos vão apanhar tão facilmente, o homem misterioso volta a sorrir e diz que é impossível , eles são um vulto sem nome, De súbito o homem volta se para nós e busca com o olhar algum movimento súbito, de súbito balas percorrem o ar e o homem misterioso cai, sem respirar , morto!!!
O Faki arrasta me literalmente dali para fora e diz me que tudo o que vi hoje tem de ser enterrado na minha memória, diz que há gente muito perigosa á nossa procura e que teremos de nos transformar em pessoas ocultas, penso para comigo o que isso quererá dizer?
Mais oculto do que já andamos será difícil, então o faki diz me para subir para o barco que tínhamos junto á costa e arrancamos naquele barco rumo ao horizonte com o coração nas mãos e o pensamento naquilo que aconteceu á umas horas e que nunca conseguirei esquecer.
Adormeci durante a viagem, quando acordei e olhei á minha volta apenas via água e um pedaço de terra muito ao longe, ao perguntar ao faki que horas eram e onde estávamos ele respondeu me que só me podia responder a uma das questões, preferi saber onde estava… Ele respondeu me que estávamos ao largo da ilha do pessegueiro, levantei o sobrolho e perguntei a mim mesmo o que raio estaríamos ali a fazer até porque eu conhecia a maioria dos contactos do faki e nenhum deles era dali, de súbito o faki disse me para me preparar porque dentro de 45 minutos iríamos atracar no porto de Sines e que dali seguiríamos a pé ou á boleia até Faro, onde teríamos alguém á nossa espera para nos colocar longe do pais, calculei mentalmente algumas das caras que poderiam estar a caminho de Faro, e lembrei me de alguns dos meus contactos algarvios, pedi rapidamente o telemóvel ao faki e disse lhe que ia tratar da nossa boleia até Faro, ao inicio ele não gostou muito da ideia mas depois de lhe assegurar que eram boa gente ele lá acedeu ao pedido e me passou o telemóvel, disquei o numero da única pessoa em quem podia confiar naquele momento, o senhor Gonbreu e ouvi do outro lado da linha um “Tou Sim” típico da forma daquela personagem responder a uma chamada de um numero que ele não conhecia, disse lhe quem era e logo ele me perguntou o porquê de estar a ligar de um número diferente do normal, disse lhe que estava a passar pelo Algarve e precisava de uma boleia até Faro, ele logo acedeu e disse me que estaria em Sines dentro de 1H, Sorri e despedi me com um até já desligando prontamente o telemóvel e dizendo ao Faki que a viagem até Faro estava tratada, ele apenas me respondeu que esperava que eu tivesse razão em relação ao Gonbreu, disse lhe que não se preocupasse pois tinha 100% de confiança nele, atracamos em Sines eram precisamente 12:00H, com muita fome, dirigimo-nos ao restaurante mais próximo e perguntamos o que havia para comer, a senhora com um ar carregado respondeu nos que já só tinham espetadas mistas e acompanhamento de batatas e arroz, olhamos um para o outro e respondemos quase em coro “Perfeito” !!!!

Estávamos sentados a apreciar aquele manjar dos deuses quando o telemóvel tocou, de imediato reconheci o numero do Gonbreu, atendi e ouvi o perguntar onde estava, disse me que tinha acabado de estacionar em Sines, disse lhe que estávamos no restaurante mais perto do porto, ele logo soube onde nos encontrar e disse me que ia ter connosco lá, desliguei e continuei a apreciar aquele manjar, após as sobremesas e o café e sem sinal do Gonbreu resolvi ligar lhe para saber o que se passava mas não obtive resposta, então resolvi sair dali e dirigir me ao estacionamento do porto de Sines, ao lá chegar encontrei o Gonbreu deitado desmaiado, ajudei o a levantar se e perguntei lhe o que tinha acontecido, ele prontamente me respondeu que tinha sido assaltado, mas por estranho que pudesse parecer não lhe tinham levado nada, apenas lhe tinham tentado arrancar informações sobre nós, ás quais ele disse não saber de nada, disse lhe se ainda se mantinha a viagem até Faro, ele acenou afirmativamente e lá seguimos viagem no seu Audi A4 preto, a caminho de Faro o Gonbreu perguntou me se estávamos envolvidos em algum problema, disse lhe prontamente que não, saímos em Faro e após um grande obrigado ao Gonbreu e o desejo de boa viagem seguimos até ao ponto onde o faki tinha combinado com a nossa outra boleia, passado 15 minutos, 2 luzes acenderam e apareceram 2 homens de barba rija e cabelo negro e comprido.
Ao se aproximarem de nós vislumbramos um Mercedes novinho, aproximamo nos daqueles homens e após segundos de trocas de palavras entre o faki e um dos homens eles fazem nos sinal para que entremos no carro.
Entramos e em silêncio percorremos alguns quilómetros até que ao fim de uns 10 minutos um dos homens pergunta ao faki se vamos precisar de algo mais além da boleia, o faki responde que estamos algo enrascados com toda esta história, eles em simultâneo dizem nos “tenham calma, tudo vai ficar resolvido”.
Adormecemos, ao acordar ainda meio estremunhados olhamos em frente e vimos o mar, sem saber onde estamos levantamo nos e procuramos aqueles 2 homens que nos sossegaram, sem rasto deles decidimos sair do carro e procurar uma indicação de onde estamos.
Seguimos por uma espécie de passadiço junto ao mar, até que ao fundo vislumbramos um “Bar”, olhando para a tabuleta por cima não se identifica a língua na qual está escrita, parecem caracteres egípcios mas na realidade seria impossível chegar ao Egipto de carro e em tão pouco tempo, decidimos ir até lá e arriscar entrar para tentar saber onde estamos e onde estão os homens …
Entramos no “bar” e de imediato ouvimos uma voz dizer “ Olha quem acordou, sejam bem-vindos sentem se que já vos trago uma bebida, olhamos para o sitio de onde vem essa voz e para nosso espanto vemos o “Fugas”, um grande amigo do Faki e de quem ele só me tinha falado coisas positivas até hoje, o espanto naquele momento era que o “Fugas” supostamente teria morrido meses antes num negócio que teria corrido mal, pelos vistos não foi bem assim.
Sentamo nos e enquanto esperávamos pelas nossas bebidas, o “Fugas” foi nos dizendo que os homens lhe tinham ligado para que nos ajudasse com a embrulhada em que estávamos metidos, porém ele hesitou pois como ele nos explicou para nos ajudar ele teria de se expor mais do que já estava e isso seria um grande risco, coisa que segundo ele até estaria disposto a correr desde que depois deste favor não houvesse nada mais a fazer no mundo que nos rodeava.
Concordamos com o que nos dizia o “Fugas” , desde que nos safássemos desta não queríamos nem ouvir mais falar em nada que não fosse legal,  ele sorriu, sentou se á nossa mesa e começou a explicar nos o que tinha acontecido.
Segundo ele sobreviveu graças a um monge que o apanhou junto á praia ferido, também nos contou que esse monge lhe tratou das feridas graves que já tinha e lhe deu vários ensinamentos baseados no fortalecer da sua forma de pensar e de agir, confessou nos que depois daquelas conversas com aquele monge se tinha tornado uma pessoa totalmente diferente.
Passado cerca de 3Horas a conversar , decidimos que seria hora de falarmos sobre o que fazer para sairmos da embrulhada onde estávamos postos, ele acenou nos para termos calma e disse nos:
“Andei nestas horas enquanto não chegavam a investigar, e descobri algumas coisas interessantes sobre quem vos persegue, ao que parece eles são pessoas com poder mas com vários pontos fracos, para os conseguirmos vencer vamos ter  de os fragilizar através dos seus pontos fracos .“
Depois de mais 2Horas a falarmos sobre os planos , os quais como devem compreender não podemos compartilhar convosco por razões de segurança, decidimos avançar para os contactos que ainda tínhamos e sabíamos não estarem “comprometidos”.
Ligamos a 4 pessoas ao todo, combinamos locais e horas para reunir tudo o que precisávamos, e assim foi fomos juntando todo o material e todas as pessoas de confiança que ainda nos restavam.
Eram meia noite quando saímos dali juntamente com o “Fugas”, o “Pisca”, o “Joki”, o “Faki”,
Eu, o “Gervásio”, o “Vitóli” , o “Gonbreu” e a “Jelia”.
Passo vos a apresentar os elementos que se juntaram a nós , o “Pisca” era um dos nossos crânios, com treino militar era uma espécie de Super Homem sobredotado, o “Joki” era o cunhado do Fugas que quando soube do que se passava disse logo que queria ir connosco para segundo ele “rebentar” com os maus ( mal ele sabia ) , a “Jelia” era uma das meninas do grupo da “Menina Selvagem” ela também com treino militar e que prometeu que o que tinham feito á “Menina Selvagem” não iria ficar assim.
Depois de apresentados então lá seguimos rumo ao sitio onde sabíamos através do Fugas que haveria um movimento hoje de madrugada onde estaria presente o líder do grupo que nos perseguia, o sitio era uma praia junto ao porto de Faro, era uma praia mais ou menos escondida pelas rochas pelo que de difícil acesso e vigilância por parte da policia e como devem calcular também pela nossa parte.

Chegamos á praia eram justamente 6:30 da manhã, montamos os nossos “olhos” na praia e assumimos posição um pouco afastados para não corrermos o risco de sermos detectados, deixamos que tudo decorresse de forma normal enquanto que ouvíamos e víamos tudo o que era dito e feito naquela praia.
O grupo que lá se encontrava depois de fazer o que queria dividiu se num barco que rumou ao porto de Sines e num carro que rumou a um armazém junto ao mercado de Faro.
Nós apenas seguimos o carro, era nosso objectivo conseguir perceber quais os movimentos daquele grupo e quais os seus pontos fracos, descobrimos que aquele armazém funcionava como “sede” e que tudo o que a eles dizia respeito passava por ali, como tal decidimos montar guarda e preparar uma visita nocturna.

História Completa .

José Pina

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