O mundo de Palavras: O desconfortável bater da indiferença

Bem Vindo/a

Sejam bem vindos ao "Mundo de Palavras", este é um blogue de autor e parte integrante do projecto Poesia Portugal, nascido a 1 de Janeiro de 2009 tem como principal objectivo levar a poesia e a minha opinião pessoal mais longe, tem também como objectivo unir o público e os escritores através do projecto Poesia Portugal.

Se estiverem interessados em ser adicionados aos companheiros desta casa por favor façam essa referência nos comentários, e procedam ao adicionar do blog aos vossos companheiros. ( Obrigado )

Estamos disponíveis nas redes sociais

no Facebook -> https://www.facebook.com/JosePinaOficial/
https://www.facebook.com/PoesiaPortugal

no Twitter -> https://twitter.com/jpina9

Nota: para uma total visualização do blogue por favor desliguem o adblock ou outros bloqueadores uma vez que os mesmos bloqueiam o acesso a aplicações externas por exemplo o google + .
Se por algum erro não se conseguirem tornar seguidores do blogue por favor usem o sistema de seguidores do google +. Obrigado !

Saudações
José Pina

11/05/2015

O desconfortável bater da indiferença

Boa tarde, apresento vos "o desconfortável bater da indiferença", um texto algo teatral que fala sobre os maus tratos a mulheres e a homens. Por favor nas frases começadas com M leiam com voz masculina e nas frases começadas com F leiam com voz feminina. Obrigado e até já !

F - Somos maltratadas, humilhadas, ofendidas, violentadas, tudo em nome de um amor que tudo cega, somos o retrato de uma classe que outrora era serva de casa, somos o símbolo de um passado que ideologicamente nos persegue, de uma indiferença constante e da nossa própria falta de amor próprio.

M - Sois nada, sois apenas desleixada , má mulher, má mãe, má filha, má amante ,  sois um zero !

F - Não digas isso, fazemos de tudo para que as nossas relações se mantenham por entre "palmadas de amor" , choros na calada da noite, sorrisos e quedas misteriosas em escadas por vezes inexistentes até.

M - Calúnia, és a chata que não gosta de futebol, és a chata que não me permite ter a garrafa em cima da mesa sem o napronzinho, és uma inútil ( som de chapada).

F - Talvez seja, talvez não te ame como tu mereces, talvez seja a inútil que não te consegue fazer feliz, talvez o meu destino seja a morte .

M - Haaaaaa, não me venhas com esses dramatismos, sempre a mesma balela, as que apanhas são bem dadas tendo em conta que nada fazes nesta casa a não ser chatear.

F - Ai sim? então adeus ! Nada do que digas me fará voltar para trás, o meu destino não é a morte mas sim o amor, o amor com alguém que me valorize pelo que eu sou e não pelo que eu faço, o meu destino é a felicidade !

M - Adeus? nem penses ! ( som de chapada) , Tu és apenas minha e nada mudará, daqui só sais morta ouviste? MORTA!
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Ela foge numa noite de verão , apenas com a roupa do corpo , procura abrigo na esquadra onde lhe dizem para voltar para o marido e ter juízo . Mais tarde nessa noite encontra um abrigo, desta feita de mulheres na mesma situação e que apenas e só buscam o amor sem violência.

A situação arrasta se durante anos, em fugas constantes, mudanças de cidade , já não reconhece o seu nome, não sabe a sua história, apenas sabe que encontrou o amor numa das cidades que a acolheu enquanto mulher, hoje é feliz !
Já o seu companheiro acabou por falecer num "trágico" acidente ocasionado pelo excesso de álcool.


José Pina , 11-05-2015 , Rotterdão - Holanda.

Nenhum comentário:

Partilha com os teus amigos(as)

Pedidos de Poemas

Boas pessoal, aqui vão puder deixar os vossos pedidos de poemas que serão respondidos no blogue por ordem de chegada.